Incendios en Portugal

A investigadora Inês Gusman analiza para 'Nós Diario' os lumes en Portugal.

O Goberno de António Costa decretou o estado de continxencia até a próxima sexta feira para facer fronte aos múltiples incendios forestais que axexan o país.

Entregue um novo relatório ao Governo português sobre as causas que podem estar associadas ao incêndio.

Tinha-o previsto fazer antes de o passado 17 de junho se declarar o maior incêndio da história de Portugal e este sinistro não vai fazer mudar os seus planos. Denuncia-o assim o Bloco de Esquerda.

A través dunha misiva, a portavoz nacional do BNG, Ana Pontón, urxiu o presidente da Xunta, Alberto Núñez Feijóo, a manter un encontro en aras de abordar “un acordo de país” en política forestal. Após a traxedia de Portugal, sinala que “é urxente sentar a dialogar”.

Um sistema de parceria público-privado em que o Estado português investiu 500 milhões de euros faliu no pico do incêndio de Pedrógão Grande. Isto significa que bombeiros, GNR (Guarda Nacional Republicana) e Proteção Civil estiveram incomunicados entre si durante catorze horas e meia.

O Governo de António Costa (PS) aceita a constituição duma comissão de investigação independente sobre os incêndios em curso no país, já a maior parte deles dominados ou em fase de rescaldo. Enquanto se apagam as chamas, o fogo estende-se à areia política. O PS critica a intenção do primeiro partido da oposição -o PDS- de levar o assunto ao pleno da Assembleia da República o vindouro 29 de julho.

O mellor anti-incendios é un monte ordenado, cunha estrutura forestal diversificada e nun rural vivo. Cuestións das que en boa medida adoecemos na Galiza. Temos un marco legal que favorece camiñar cara a esa situación? Que podemos aprender do que aconteceu en Portugal? Falamos con varias persoas a este respeito.

Na cuarta feira os incendios en Pedrógão e en Góis estaban case baixo control. Mentres no lume que afecta a rexión de Leiría se puña todo en cuestión, desde a versión oficial da orixe do sinistro até a eficacia do sistema de comunicacións, en Castinheira da Pêna celebrouse pola tarde o funeral polo bombeiro Gonçalo Conceição. As estimacións oficiais falan de 50.000 hectáreas perdidas entre os dous lumes. Case todo eucaliptos e piñeiros.

[ACTUALIZADA ÀS 18.37 h]. Não terão sido causas naturais -uma árvore atingida por um raio- as responsáveis pelo maior incêndio da história de Portugal -com um balanço de 64 vítimas mortais-, mais sim uma "mão criminosa". Assim o vê o presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares. Aliás, Proteção Civil diz há uns minutos que o fogo de Pedrógão Grande já está "dominado"

Onte o día espertou con moita calor. Os fogos reactiváronse en Góis pola mañá e en Pedrógão pola tarde. Volveu haber evacuacións. Víronse xigantescas columnas de fume. O pesadelo no incendio no centro de Portugal continúa: hai 58 quilómetros de frontes. Dous mil bombeiros e miles de voluntarios traballan sen apenas descanso.

Costa pediu explicações a diversos organismos -Proteção Civil, a Guarda Nacional Republicana- mas as súas primeiras conclusões é que não se produziu "qualquer falha" nos dispositivos de segurança e extinção. Por sua parte, o líder comunista, Jerónimo de Sousa, disse: "a fúria da indomável natureza não justifica tudo". E quem tem dúvidas sobre a versão oficial -as causas naturais como origem do sinistro- é o autarca [alcalde] de Pedrógão, Valdemar Alves, quem especula sobre uma mão criminosa trás as chamas.

A ANPC sublinha ainda que todos os meios aéreos que estão ao serviço da Proteção Civil estão operacionais. As buscas continuam. 

O lume comezou nalgún punto entre a IC8 a nacional 236 e a estrada que sae desde Pedrógão cara ao norte case á beira do río Zêzere. Margarida, traballadora da Cámara Municipal de Pedrógão ía no coche o sábado pola tarde cando tivo que parar a altura de Vila Facaia, unha aldea perto do cruzamento da autovía coa nacional. Polo fume.

Son dous dos países con importantes superficies arboradas (48% de territorio na Galiza e 36% en Portugal) e nos que o eucalipto depredou nestas décadas boa parte dos montes. Ao tempo, o rural, tanto o galego como o luso, sofren despoboamento e abandono.