O passado 9 de junho o Governo de António Costa anunciou um concurso com acceso a fundos europeus e dotado com 9 milhões de euros para a renovação de eucaliptais em zonas como a de Pedrógão Grande.
O objetivo seria conseguir um "rendimento mais produtivo", isto é, não incrementar os hectares de eucalipto, mais sim produzir mais por unidade de terreno.
O Governo -por boca do ministro de Agricultura- mantém este plano a pesar do impacto, mediático e emocional, que sobre a opinião pública portuguesa teve o incêndio de Pedrógão Grande.
Foi o Bloco de Esquerda quem denunciou os planos do Governo. Em declarações aos meios, o deputado bloquista Pedro Soares disse: “É uma situação incompreensível que o Governo insista no financiamento dos eucaliptos quando há um certo consenso sobre o ordenamento da plantação, quando todos os especialistas apontam para a necessidade de se apostar num mosaico florestal que incorpore espécies autóctones e folhosas”.
O Bloco vai demandar ao Govenro a suspensão deste programa numa reunião bilateral a realizar em breve. Não parece que a intenção da formação liderada por Catarina Martins vá ter sucesso, sendo que o ministro de Agricultura disse que a política florestal do Governo "não está dependente da pressão ou da agenda mediática".
O Governo de António Costa (PS) diz que o propósito da política florestal do executivo é "em menos área, produzir mais matéria prima, para uma indústria que representa dois mil milhões de euros de exportações".