O Bloco de Esquerda pede ao executivo de Costa que suspenda estas ajudas

O governo português continuará a subvencionar a renovação do eucaliptal em zonas como a de Pedrógão Grande

Tinha-o previsto fazer antes de o passado 17 de junho se declarar o maior incêndio da história de Portugal e este sinistro não vai fazer mudar os seus planos. Denuncia-o assim o Bloco de Esquerda.

Zona calcinada incendio Pedrógrão Grande. Portugal. 19 xuño de 2017
photo_camera Zona calcinada no incendio de Pedrógrão Grande.

O passado 9 de junho o Governo de António Costa anunciou um concurso com acceso a fundos europeus e dotado com 9 milhões de euros para a renovação de eucaliptais em zonas como a de Pedrógão Grande.

O objetivo seria conseguir um "rendimento mais produtivo", isto é, não incrementar os hectares de eucalipto, mais sim produzir mais por unidade de terreno.

O Governo -por boca do ministro de Agricultura- mantém este plano a pesar do impacto, mediático e emocional, que sobre a opinião pública portuguesa teve o incêndio de Pedrógão Grande.

Foi o Bloco de Esquerda quem denunciou os planos do Governo. Em declarações aos meios, o deputado bloquista Pedro Soares disse: “É uma situação incompreensível que o Governo insista no financiamento dos eucaliptos quando há um certo consenso sobre o ordenamento da plantação, quando todos os especialistas apontam para a necessidade de se apostar num mosaico florestal que incorpore espécies autóctones e folhosas”.

O Bloco vai demandar ao Govenro a suspensão deste programa numa reunião bilateral a realizar em breve. Não parece que a intenção da formação liderada por Catarina Martins vá ter sucesso, sendo que o ministro de Agricultura disse que a política florestal do Governo "não está dependente da pressão ou da agenda mediática".

O Governo de António Costa (PS) diz que o propósito da política florestal do executivo é  "em menos área, produzir mais matéria prima, para uma indústria que representa dois mil milhões de euros de exportações".

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