Em primeira instância, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fez um chamado para não abrir o debate político enquanto não se ganhar o combate contra o fogo.
Até o de agora, a oposição não tem posto no alvo das críticas abertamente o governo de António Costa. Foi o mesmo primeiro ministro quem se adiantou ao pedir explicações sobre a sua actuação à Proteção Civil e à Guarda Nacional Republicana, nomeadamente em relação a por que razão não se fechara ao tráfego a estrada em que acabaram morrendo mais de 40 pessoas.
Ontem, Costa deitou água no lume político: "Não tenho nenhuma evidência de que tenha havido qualquer falha", disse, antes mesmo de ter recibidos os informes que ele pediu. "Mantenho a confiança na cadeia de comando, desde a ministra até aos homens que estão no combate", alegou.
Sim que deixou entrever certas críticas o líder comunista, Jerónimo de Sousa. O secretário geral do PCP -formação que apoia o governo de Costa na Assembleia da República- disse: "A fúria da indomável natureza não justifica tudo"
De Sousa demandou uma reflexão sobre "as causas que estão na origem de tão trágicos acontecimentos" .