Música

Roxelio Groba.

Música

Toureiro en Suecia

Fernando Montenegro 06/xan./23

Loita amada está composta por Pablo Carracedo, 'Jásper', e Nébeda Piñeiro. (Foto: Nós Diario)

Música

Canción de autor galega (de verdade)

Olga Brañas 06/xan./23

Mar & Ilha. De esquerda a dereita, Rui Silva, Sara Miguel, Jorge 'Canarinho' Silva e Marcos Fernández.

Música

Música dos Açores no mundo

Herminio González 30/dec./22

Capa de 'Contradictio', de Xosé Miguélez.

Música

A beleza que xorde da disonancia

Fernando Montenegro 30/dec./22

Rastreros propiciaron o encontro natural da gaita coa distorsión (Tono Arias).

Música

Bravú

Xurxo Souto 23/dec./22

Capa de 'A túa ausencia neste ar' (Fanny & Alexander).

Música

Un regreso que é reflexión, ensoño e emoción

Herminio González 23/dec./22

Haydée Santamaría, Silvio Rodríguez e Pablo Milanés.

Música

Pablo e Silvio, os dous

César Morán 02/dec./22

Capa de 'Ascensión', de Seso Durán.

Música

Rock de autor fóra dos tópicos

Herminio González 18/nov./22

Interior da catedral de Santiago

Música

José de Vaquedano, recuperado

Fernando Montenegro 18/nov./22

Capa de 'Marea de música'.

Música

Retrato dunha época e proba de compromiso

Herminio González 11/nov./22

'Un mapa', de Belém Tajes.

Música

A busca das orixes

Olga Brañas 28/out./22

Glenn Gould. (Foto: Nós Diario)

Música

O paradoxo da perfección

Fernando Montenegro 28/out./22

Gilberto Gil.

Música

O Brasil negro e cosmopolita de Gilberto Gil

Herminio González 21/out./22

Road to Balance

Música

Equilibrio entre renovación e tradición

Fernando Montenegro 21/out./22

Pucho Boedo

Música

Sempre Pucho

Xurxo Souto 14/out./22

Capa de 'bafi', de Clo-Plas

Música

Clo-Plas estilo Lo-Fi desde a Fonsa-Grada

Iago Suárez 14/out./22

Este verão voltei à Bretanha, terra apenedada pola banda do mar, mentres por onde se amece à França abre-se em longas chairas, estreitas valinhas e ledos outeiros. Da outra vez movera-me o desejo obsessivo de percorrer os lugares míticos d' As crónicas do sochantre que Cunqueiro descrevera antes de as conhecer in situ, e todo era um abraio contínuo ante uma realidade liricamente transcendida polo génio poético. Agora, numa viagem mais distendida ao Morbihan, deixo-me levar ao fest-deiz de Sainte Hélène onde é doado dançar ao som da guitarra e o acordeão, o povo e todas as gerações de mãos dadas, e observar o desfile cerimonial com vestimenta de gala ao som das gaitas, os tambores e a potência das bombardas. Inevitável visitar os incríveis alinhamentos de Carnac, o Dólmen La Table des Marchands e o Grand Menhir Brisé em Locmariaquer, antes de irmos ao Fest-Noz em Crec'h, a uns metros do Bar Breton e a Chapelle Saint-Jacques, a um passo de Auray e a pouco mais de Vannes, uma beleza.
Este primeiro terço do artigo vale para lembrar que Cunqueiro construiu um dos seus maiores relatos arredor de um protagonista músico, Charles Anne Guenolè Mathieu de Crozon, que se por um lado pode ser um trasunto emocional do próprio autor, este situa-o na Bretanha a fins do século XVIII, aprendendo de cedo a tocar o bombardino, e aos vinte e dous anos de idade passa a Pontivy de sochantre racioeiro da Colegial Capela, e daí a se ver imerso num périplo fantástico, lírico e arrepiante. Quem ainda não lesse a obra, pode-o fazer quando quiser, mas agora interessa apenas o Charles Anne músico. Como temos dito a propósito do Hamlet, o mindoniense não sabia música, e no entanto introduziu diversos pentagramas nos seus textos, como é o caso, pois o capítulo III da parte primeira remata com quatro pentagramas em clave de Fa ( 2/4, larguetto, em Do Maior), que transcrevem a "marcha de reverência" ensaiada para o enterro do fidalgo de Quelven. Infelizmente faltam na versão castelhana de Salvat (1970) ou na francesa de L'Harmattan (1991), o que é uma mágoa.
Além disso, o tratamento musical é livre e imaginativo, como costuma ser no nosso autor. Interpreta Charles Anne no bombardino contradanças, valentinas, marchas funerais e caçadoras, pavanas, cortesinas e nomeadas peças como Laura sorride ou Le coeur solitaire (imaginamos o poema de Charles Guérin, de1896), mas o seu músico de referência é Rossini, de cita reiterada ao longo do relato. Porém, o moço sochantre também é criador de música quando lemos: "Soprou no bombardino unha marcha que comezara a solfear no seu maxín aquela mañá". Ou quando se nos deixa penetrar nos seus adentros: "Nunca fora tan novo (…), foi a primeira noticia que tiña de que a súa música pasara de fama máis alá de Bretaña (…). I el, este sochantre era el". Porém, o habitual anacronismo não podia faltar: a aventura de Charles Anne decorre entre 1793 e 1797, enquanto Rossini nasce em 1792.

Música

O bombardino de Charles Anne

César Morán 07/out./22

Portada de 'Botánica'.

Música

Amores de outono

Belém Tajes 07/out./22

Marc Ribot. (Foto: Dena Flows)

Música

Bella Ciao

Fernando Montenegro 04/out./22

Portada de Levantarse e caer.

Música

A pegada de Xabier Díaz

Olga Brañas 04/out./22