Manifestaçao maciça em Lisboa contra os cortes no ensino público

Cerca de 30 mil professor@s manifestarom-se em defesa da Escola Pública e contra a política implementada pelo governo, seguindo as exigências da troika
photo_camera [Foto: Paulete Matos]


No desfile entre a praça Marquês de Pombal e o Rossio, em Lisboa, @s professor@s pediram a demissão do ministro da Educação. Uma das palavras de ordem mais gritadas foi justamente Crato para a rua, a escola não é tua. Outras: Com este Governo andamos para trás; Um governo sem razão não faz falta à educação; Mobilidade especial para quem governa mal e Troika e FMI fora daqui.

“Este protesto tem o sentido de ser um aviso claro, tanto dos professores, como de todos os cidadãos, de que não aceitam a destruição da escola pública”, disse Arménio Carlos, líder da CGTP.

'Este governo há-de soçobrar'

Presente na manifestação, o deputado Luís Fazenda, do Bloco de Esquerda, sublinhou que “estes professores estão hoje aqui mobilizados na defesa da Escola Pública, na defesa de alguma esperança em Portugal, para que a democracia prevaleça sobre a troika e sobre este governo que está a arruinar todas as condições de futuro de Portugal”.

Para Luís Fazenda, motivos não faltam para protestar: “Querem despedir até 50 mil professores, querem aumentar a carga letiva até 40 horas, querem limitar o acesso à escola pública e querem fechar escolas, querem diminuir a rede de unidades de educação no nosso país. Nós estamos frontalmente contra essa perspetiva. A escola pública é um elemento constitutivo da nossa democracia, tem de ser defendida”, afirmou.

A jornalistas que perguntavam se o governo vai ouvir o protesto, o deputado do Bloco respondeu: “O governo pode ser surdo às reivindicações dos professores e do povo português, mas fatalmente, como outros, será derrotado. A Escola Pública há-de triunfar e este governo há-de soçobrar”.

Polícia reteve os autocarros d@s professor@s

A manifestação começou atrasada e ficou marcada por uma polémica na auto-estrada A1, onde 100 autocarros ficaram retidos devido a um acidente com um camião que transportava porcos.

Mário Nogueira, líder da Fenprof, disse que vai pedir uma reunião com o Ministério da Administração Interna, para protestar contra o comportamento da polícia, que acusou de ter deixado passar os veículos ligeiros, mas retendo os autocarros d@s professor@s.


(Artigo tirado de Esquerda.net) 

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