Palestina: o genocídio como recurso publicitário

Num mundo com oito mil milhons de habitantes, a populaçom de Israel nom chega aos dez milhons. Porém, apesar do seu reduzido tamanho, este Estado foi em 2022 o décimo quinto com um maior gasto militar em termos absolutos a nível mundial. Segundo o Stockholm International Peace Research (SIPRI) fórom mais de 23.000 milhons de dólares. Justo por detrás de Canadá com perto de 27.000 milhons de dólares, mas a sua populaçom multiplica por quatro a israeliana. Se nos fixamos no gasto militar per capita ou na percentagem do PIB dedicada a gasto militar, Israel escala posiçons, situando-se no top five ou ten mundial. Segundo o SIPRI o gasto militar per capita ascendeu a 2,6 mil dólares em 2022 (no Reino Unido nom alcançava os mil dólares e na França apenas superava os 800 dólares). As despesas militares do Estado hebreu fórom 4,5% do PIB, umha percentagem superior a 3,45 % dos Estados Unidos e mais do duplo de 2% que os Estados Unidos venhem demandando aos seus aliados da OTAN. Umha pressom dos EUA sobre os seus sócios que foi a mais nos últimos anos com o objetivo de manter a sua hegemonia a nível mundial frente ao ascenso doutras potências, fundamentalmente China. Estas elevadíssimas despesas militares, assim como o apoio militar dos Estados Unidos, permitírom a Israel ir conquistando novos territórios, aplicar umha política de apartheid e consolidar-se como umha potência militar com armamento nuclear, ao tempo que a convertérom na ponta de lança do imperialismo ianque na regiom. Dominio militar Israel, ademais, destaca a nível mundial pola sua poderosa indústria armamentista. É o décimo exportador mundial de armas, um ranking no que o Estado Espanhol ocupa a oitava posiçom. De acordo às cifras da base de dados DataComex da Secretaria do Estado de Comercio as importaçons espanholas de armas e muniçons procedentes de Israel superárom os dez milhons de euros anuais durante os três últimos anos. Agora bem, estas cifras referidas à categoria 93 (armas e muniçons) da nomenclatura pautal e estatística e da pauta aduaneira comum da UE estám muito longe de recolher a totalidade das importaçons de material de defensa. De acordo aos dados de 2017 do Ministério de Defesa recolhidos polo Centre Delás d'Estudis per la Pau as imortaçons de armamento fórom nesse ano o triplo das recolhidas por DataComex na categoria 93. De facto, se nom consideramos os membros da OTAN, Israel fora nesse ano o principal provedor militar do Estado Espanhol. Entre as cinquenta maiores empresas produtoras de armas a nível mundial há três israelianas De acordo aos dados do SIPRI entre as cinquenta maiores empresas produtoras de armas a nível mundial há três israelianas: Elbit Systems, Israel Aerospace Industries e Rafael. Só os Estados Unidos, China e França tenhem um maior número de empresas entre as cinquenta maiores fabricantes de armas a nível mundial. Som empresas bem conhecidas no Estado Espanhol. Segundo o Centre Delás entre os Programas Especiais de Modernizaçom (programas plurianuais de elevado custo) aprovados polo governo PSOE-Unidas Podemos na legislatura 2020-2023 houvo dous que beneficiárom essas empresas israelianas: mísseis contracarro (Rafael), plataformas lança foguetes (Elbit). Estes dous programas nos que participam empresas de diferentes estados aproximam-se aos novecentos milhons de euros. A outra empresa israeliana do clube das cinquenta maiores do mundo, a Israel Aerospace Industries (empresa que no seu momento utilizou o aeródromo de Rozas para provar os seus drons), também se beneficiou desses programas especiais de compras do Estado Espanhol. Som só alguns exemplos dos numerosos contratos destas empresas com o Estado Espanhol que se seguirom formalizando, nem com o início da invasom de Gaça cesárom de formalizar-se. Cumpre ter em conta que as exportaçons de armas som imprescindíveis para a indústria militar israeliana e polo tanto também para a viabilidade da ocupaçom. Tal e como sinala o Centre Delás, tendo em conta o pequeno tamanho de Israel, sem essas vendas no exterior o custo da fabricaçom de armas seria muito elevado para a indústria. Em consequência o custo da ocupaçom militar também o seria. Por outra parte, a ocupaçom de Palestina converteu-se num espaço de prova dos produtos da indústria militar israeliana, um território de controle militar e de assassinato convertido em recurso publicitário. Melhorando as contas de resultados destas empresas, e reforçando a pressom para manter as políticas genocidas.