Portugal sai à rua contra a “exploração e empobrecimento”

No final da manifestaçâo, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos destacou que este último ano tem sido “um ano de destruição massiva de postos de trabalho e de definhamento do setor produtivo, um ano em que o desemprego real já afeta mais de 1 milhão de trabalhadores e a precariedade atinge uma dimensão insustentável, um ano de redução do poder de compra dos salários e das pensões e de carestia de vida, um ano de roubo aos subsídios de férias e Natal dos trabalhadores e reformados da Administração Pública ” 

Acrescentou ainda Arménio Carlos que o balanço é de exploração e empobrecimento, de aumento da desigualdade e da pobreza, de incremento da dependência externa, da dívida e de perda de soberania.

O secretário-geral da CGTP sinalou que os juros do empréstimo que está a pagar “davam para pagar o salário médio (805€/líquido) a mais de 3 milhões de trabalhadores durante 1 ano”.

Com fortes críticas ao governo de Cavaco Silva, Arménio Carlos afirmou que se “há dinheiro para financiar os bancos e as empresas, então que se atribua também o subsídio social de desemprego a todos os desempregados enquanto durar a crise”. Diante do anúncio dum posíbel desceso dos salários, a CGTP lembrou que Portugal já tem os custos salariais mais baixos da zona euro, conta con máis de 2 milhões e 300 mil trabalhadores com salários inferiores a 900 euros, que os salários oferecidos nos Centros de Emprego, em Abril, e para as profissões de nível  de qualificação mais elevado, eram apenas de 630 euros e e os trabalhadores com o Salário Mínimo Nacional vivem abaixo do limiar da pobreza.

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