"Não é um impeachment, é um golpe"

A presidenta do Brasil, destituída hoje pelo Senado, discursou para o povo e também para as pessoas que se concentraram perante o Palácio do Planalto sob a convocação do PT. VÍDEO NO INTERIOR. 

Dilma Rousseff_Telesur

Dilma Rousseff falou publicamente ao povo do Brasil horas depois de se conhecer o resultado da votação do Senado que a afasta durante 180 dias da presidência do país

Estou a ser julgada por ter feito todo o que a lei me permite fazer

Para Rousseff, a decisão do Senado -controlado politicamente pela direita- "não é um impeachment", mais sim "um golpe" cujo objetivo é afastá-la a ela da chefia do estado e, assim, "impedir a execução do programa que foi votado por 54 milhões de brasileiros e brasileiras". "Estou a ser julgada por ter feito todo o que a lei me permite fazer", sublinhou.. "Pude ter cometido erros, mais não cometi crimes", disse a que de facto está a ponto de virar já em ex-presidenta.

Aqueles que perderam as eleições, tentam agora chegar pela força ao poder

Dilma Rousseff reservou parto seu discurso às pessoas que promoveram o processo de destituição contra ela. "Aqueles que não conseguiram chegar ao governo pelo voto direto do povo, aqueles que perderam as eleições, tentam agora chegar pela força ao poder", denunciou e, a seguir, assinalou que o impeachment se tem baseado "nas mais insignificantes e injustificadas razões". 

Nas vindouras horas falará publicamente ao país o político que irá substituir Presidência Dilma Rousseff, o direitista Michel Temer. O até agora vice-presidente apresentará o seu executivo. 

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