O Senado do Brasil aprovou o processo de impeachment contra a presidenta do país, Dilma Rousseff. Fê-lo esta quinta feira e após uma muito longa sessão que se prolongou durante a madrugada e continuou a manhã desta quarta feira. Em total foram 55 os votos a favor da destituição de Rousseff embora fossem precisos apenas 41. O vice-presidente, Michel Temer, assume de maneira automática a chefia de estado por um período mínimo de 180 dias. Abre-se agora um processo judicial que tentará esclarecer as acusações deitadas contra Rousseff (a direita alega que maquilhou as contas públicas do país). De ser condenada, Temer assumirá a presidência do país até novas eleições irem ter lugar em 2018.
Temer, assume de maneira automática a chefia de estado por um período mínimo de 180 dias
O Partido dos Trabalhadores (PT) convocou uma manifestação no Palácio de Planalto em Brasília por volta das 15 horas (hora galega). Será aí quando a presidenta destituída discurse e avalie politicamente o seu afastamento da presidência, visto como um golpe de estado encoberto pela esquerda brasileira. A demonstração do PT foi organizada sob a palavra de ordem "Não aceitamos um governo ilegítimo". O novo presidente, Michel Temer, também tem previsto dirigir um discurso ao país esta mesma tarde em que apresentaria o seu primeiro gabinete.
Novo governo
O novo executivo já foi desenhado nos dias anteriores à votação. Segundo a imprensa brasileira, Temer já teria eleitas 14 das 22 pessoas que irão desempenhar cargos de responsabilidade após retalhar 10 das pastas ministeriais existentes durante o governo de Rousseff. Entre os ministérios que desaparecem, de acordo com a informação feita pública pelo Público.pt, acham-se Cultura --que vira uma secretaria no seio do Ministério de Educação, Ciência e Tecnologia --inicialmente proposto para um bispo criacionista da Igreja Universal do Reino de Deus, e Segurança Social, que passará ao Ministério das Finanças.
