Bolsonaro abre a porta à privatização parcial de Petrobras

O ultra considera a companhia, a maior de América Latina, como uma "empresa estratégica" para o país. Porém, declara a sua disposição a privatizá-la "em parte".

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photo_camera Plataforma de Petrobras

Bolsonaro experimentou uma profunda evoluição ideológica nos últimos tempos: passou de ser um conservador partidário da intervenção do estado na economia a defender sem complexos o paradigma neo-liberal. Esa mudança permitiu-lhe ganhar apoios no empresariado do país, factor clave na sua vitória eleitoral face Fernando Haddad, o candidato do PT.

O home que encarna a mudança idelógica do bolsonarismo é Paulo Guedes, um economista típico da Escola de Chicago elevado pelo ultra à condição de super-ministro das Finanças e de Economia.

"Nós [referes-se a Guedes e a ele próprio] estamos conversando sobre isso [a privatização de Petrobras] aí. Eu não sou uma pessoa inflexível. Mas nós temos que, com muita responsabilidade, levar avante um plano como esse aí. Mas entendo como uma empresa estratégica, que pode ser privatizada em parte", destacou.

De facto Paulo Guedes elegeu para a presidência de Petrobras Roberto Castello Branco, um aberto defensor da venda dos ativos públicos.

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