Os desafios da Lusofonia, a debate

Será na sexta  edição das Conferências do Estoril, que decorrem nos dias 27 a 29 de maio, no campus da Nova School of Business and Economics, em Carcavelo

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photo_camera Adriana Calcanhoto

Activistas e decisores políticos. Empresárias e filantropos. Académicas e estudantes. Prémios Nobel e intelectuais. Elas e eles estarão nas Conferências do Estoril para partilharem as suas histórias e repensar o conceito de justiça para adaptar categorias morais tradicionais a um mundo cada vez mais amplo, plural, complexo e próspero; para pôr o foco nos direitos inalienáveis e nos deveres vinculativos, não só entre indivíduos como também entre Estados.

O ex-presidente francês François Hollande e o antigo primeiro-ministro belga Guy Verhofstadt, assim como o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Sérgio Moro, que vai debater o combate à corrupção com a ex-procuradora-geral da República Portuguesa Joana Marques Vidal;  o ex-presidente da Bolívia Carlos Mesa, o jornalista e diretor do jornal venezuelano El Nacional, Miguel Otero, e a Nobel da Paz Rigoberta Menchú. Da mesma forma, Edmund Phelps, Nobel da Economia em 2006, e Svetlana Alexiévitch, Prémio Nobel da Literatura em 2015 ou o ex-presidente do governo da Espanha, Rodríguez Zapatero vão participar nas Conferências do Estoril.

Desafios da lusofonia

Um dos subtemas do debate é o tema “Desafios da Lusofonia”, que decorre no dia 27, pelas 14:45. Nele participam o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, a cantora e compositora brasileira Adriana Calcanhoto e o escritor angolano José Eduardo Agualusa.

Adriana Calcanhoto  é, desde 2015, embaixadora da Universidade de Coimbra, onde dá aulas. Nasceu em Porto Alegre, onde iniciou a sua carreira musical, que compreende a música popular brasileira – que lhe valeu dois Grammy Latino, um deles por melhor canção em língua portuguesa – e ainda livros e discos para crianças.

José Eduardo Agualusa nasceu em Angola, viveu em Luanda, Lisboa, Olinda, Rio de Janeiro e Berlim, mas nos últimos anos passa mais tempo na Ilha de Moçambique. Escreveu 14 romances, que estão publicados em mais de 30 países.

Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais desde 2011, é copresidente da UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa

Os oradores irão tentar apontar caminhos para alguns dos principais desafios que se colocam à comunidade lusófona, como a erradicação da pobreza e a rejeição das desigualdades.

Para tal, urge desenvolver um espaço de justiça global que aprofunde o sentido de comunidade e reforce a cooperação entre países que se baseiam em valores, história e língua partilhados, salienta a autarquia de Cascais, destacando que estes serão os pontos de partida para o debate.

No total, a organização estima que serão 158 horas de debate, com 900 participantes de 73 nacionalidades diferentes reunidos nesta sexta edição das Conferências do Estoril, em que se assinala também o décimo aniversário desta iniciativa bienal.

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