Analise do incrível

Porque incrível resulta a fama de Núñez Feijóo de moderado, bom gestor, dialogante, transparente, bom governante… todo quando há provas evidentes do que fez na Galiza em 13 anos de maioria absoluta (incrível também que o povo galego, ou qualquer outro povo, poda outorgar maioria absoluta a um governante tão prejudicial), deixando uma Galiza mais pobre, mais insignificante e com piores serviços sociais. Como prolegómenos, para mim dous temas inevitáveis e inesquecíveis. O fracasso da fusão das Caixas de Aforros que ele promoveu, que roubou aos galegos e a Galiza todo um património em imóveis, arte e autonomia financeira, em contra de todo o povo, ocultando dados, negando explicações e que vendeu a um venezuelano por menos de 2.000 milhões algo valorado em 9.000. E sobre todo, desde meu ponto de vista sentimental e de dignidade de país, promover a decadência e ataque contra do idioma próprio, frenando seu uso no ensino e na Administração; complexo de aldeia com arelas de Madrid. Analisemos. Moderado: Lembremos de início as acusações por ele desatadas contra Anxo Quintana por andar de barco com Jacinto Rey, proprietário da Construtora San José, industrial pontevedrês, acionista da Nosa Terra, quando ele andava de gancheta com o narco reconhecido Marcial Dorado; só aparência até que as sondagens favoráveis lhe permitirem desprender-se de essa aparência de moderação como tem evidenciado em toda a sua atuação em Madrid (até qualificar a paliza de um político de Vox à sua mulher como "divórcio complicado") e suas mentiras. Economia e banca Esse bom gestor entre 2009 e 2022. fronte ao aumento do PIB do Estado do 65,50%, o galego só aumentou um 22,2% (o PIB médio de cada galego aumentou um 37% enquanto a média no Estado foi do 81%). Administrou a crise financeira a base de recortes e ainda incrementou a dívida pública de 3.000 milhões iniciais até os 12.000 (um 266% mais), fundos que não dedicou a prestações sociais, produção ou desenvolvemento de nenhum grande projeto senão a subvencionar interesses empresariais ou financeiros (como os da empresa Eulen, dirigida pela sua irmã Micaela, que obtive contratos por mais de 37 milhões de euros) sem benefício para o interesse comum, ou com rebaixas fiscais para os mais ricos (politica fracassada em GB e na UE). No mesmo período só na indústria se perderam 37.000 empregos. Malo um galego chefe de governo. Conheci a Franco e Rajoy; nenhum fixo nada por Galiza E sua política económica passou pela desmontagem do sistema financeiro galego; desapareceram o Banco Pastor, Banco Gallego, Banco de Galicia, Banco Etchevarria e muito especialmente as Caixas públicas, destacando a fusão imposta a Caixanova com Caixa Galicia que determinou a intervenção da ambas, resgatas pelo Estado com 9.000 milhões e vendidas por Feijóo ao Sr. Escotet por pouco mais de 1.000 milhões de euros. Todo o património económico e financeiro galego, perdido. Sua inatividade ante a crise demográfica prejudicou gravemente o povo galego que nos 13 anos perdeu 100.000 habitantes e 65.000 postos de trabalho, afetando gravemente o tecido produtivo e o mercado do trabalho. Sua participação na implantação da empresa mexicana Pemex em Vigo levou à quebra de Barreras e à carcel ao diretor, seu amigo, como o affaire das Caixas levara à cadeia os seus diretivos. Serviços públicos Como escudeiro de Romay Beccaría na Xunta abre passo à gestão privada da Sanidade Pública, como presidente do Insalud, constitui as chamadas Fundações Sanitárias que transformam hospitais públicos em empresas e como presidente da Xunta empreende como prioritário desmantelar, privatizar e debilitar o sistema sanitário público em benefício de multinacionais farmacêuticas e de tecnologias sanitárias, recorta médicos e camas, eliminou três áreas sanitárias e iniciou o desmantelamento dos Hospitais comarcais. Vou resumindo, mas não podo esquecer a educação e a política linguística nas que mostrou especial mão dura. Uma das suas primeiras medidas, quando chegou à Presidência, foi eliminar a gratuidade dos livros de texto no ensino público, excluindo mais de 70% de famílias galegas com filhos escolarizados. Reduziu-se o número de docentes em 841 e destinou a centros privados concertados vinte vesses mais do que destinou a becas e ajudas. Política linguística. Haveria que o declarar linguicida. Segundo as últimas sondagens depois de 13 anos um de cada três rapazes não sabe expressar-se em galego. Praticamente excluído no ensino e na Administração. Prima a indústria sobre o médio ambiente, antifeminista, antiabortista, antiLGBTI. "Por sus hechos los conoceréis". Para nós é conhecido e parece que para o resto do Estado deu-se a conhecer. Malo um galego chefe de governo. Conheci a Franco e Rajoy; nenhum fixo nada por Galiza.