*Emilo V. Carral Vilariño é profesor no departamento de Bioloxía Funcional da USC
Que temos que comer é um feito de importância maior, que não menor, como diria um conhecido político do país, e vem sendo de máximo interesse, não somente porque seja condição necessária para uma vida digna, inda que não suficiente. O feito da alimentação tem consequências negativas no sistema planetário, e na própria comunidade humana. Que nos alimentemos duma ou outra maneira, que produzamos sob um ou outro sistema originará mais ou menos impacto (negativo) na Biosfera, e na comunidade do Homo sapiens sapiens. Indicar também que o pecado original não é nosso. E para entender melhor esta bula autoconcedida, falaremos da Matéria e
da Energía.
A natureza está formada por estruturas dissipativas pouco eficientes dende a perspectiva da transferência da matéria e energia que atravessa os distintos processos da vida. Assim, cada vez que ascendemos de nível trófico (vegetal-herbívoro-carnívoro) deixamos muita matéria (biomassa) e energia (emergia) pelo caminho (gráficos 1 e 2).
A direção própria dos câmbios na natureza é originar uma diminuição na qualidade da energia, sendo que o Universo está em Equilíbrio. A energia é importante, temo-la presente na nossa vida diária, e estabelecemos relações, para nós claras, entre o vegetal e o animal: uma bisteca tem muita mais energia que um pimento, num princípio. Falaremos só um bocadinho (o comer está por todas as partes) da Energia, e do fator de transformação dela (“transformidade”). Transformidade=Emergia/Energia.