Especial 25-X

Produção vegetal e produção animal: o problema do 10% e as relações necessárias

Como nos alimentamos, de que nos alimentamos, e como produzimos são ações de grande importância para a saúde do Planeta, e da comunidade humana. Analisar os fluxos de matéria e energia que atravessam a cadeia alimentar ajuda a compreender o verdadeiro impacto do feito de alimentar-se do Homo sapiens sapiens no local e tempo que habitamos: a Terra, e o Antropoceno, período geológico definido pelo role protagonista da atividade humana e os seus efeitos negativos na Biosfera.
A IXP ‘Pan Galego’ permite que 75% do trigo sexa de fóra. (Foto: Nós Diario)
photo_camera A IXP ‘Pan Galego’ permite que 75% do trigo sexa de fóra. (Foto: Nós Diario)

*Emilo V. Carral Vilariño é profesor no departamento de Bioloxía Funcional da USC

Que temos que comer é um feito de importância maior, que não menor, como diria um conhecido político do país, e vem sendo de máximo interesse, não somente porque seja condição necessária para uma vida digna, inda que não suficiente. O feito da alimentação tem consequências negativas no sistema planetário, e na própria comunidade humana. Que nos alimentemos duma ou outra maneira, que produzamos sob um ou outro sistema originará mais ou menos impacto (negativo) na Biosfera, e na comunidade do Homo sapiens sapiens. Indicar também que o pecado original não é nosso. E para entender melhor esta bula autoconcedida, falaremos da Matéria e 
da Energía.

A natureza está formada por estruturas dissipativas pouco eficientes dende a perspectiva da transferência da matéria e energia que atravessa os distintos processos da vida. Assim, cada vez que ascendemos de nível trófico (vegetal-herbívoro-carnívoro) deixamos muita matéria (biomassa) e energia (emergia) pelo caminho (gráficos 1 e 2).

A direção própria dos câmbios na natureza é originar uma diminuição na qualidade da energia, sendo que o Universo está em Equilíbrio. A energia é importante, temo-la presente na nossa vida diária, e estabelecemos relações, para nós claras, entre o vegetal e o animal: uma bisteca tem muita mais energia que um pimento, num princípio. Falaremos só um bocadinho (o comer está por todas as partes) da Energia, e do fator de transformação dela (“transformidade”). Transformidade=Emergia/Energia.

[Podes ler a análise íntegra de Emilio V. Carral Vilariño no caderno especial Día da Patria Galega que se distribuirá de balde xunto ao Nós Diario a próxima terza feira, 25 de xullo]

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