Opinión

Afeganistám

A entrada dos talibáns em Cabul simbolizava a humilhante derrota militar dos EUA vinte anos depois do início da ocupaçom do Afeganistám. 

A naçom centroasiática ficava em piores condiçons do que as que tinha em outubro de 2001 quando Whashington dava continuidade às suas políticas de ingerência no Afeganistám com umha nova estratégia de guerra e ocupaçom junto aos seus aliados. Como nom, o Reino de Espanha entre eles.

Mais de 150.000 pessoas mortas, vários milhons de pessoas refugiadas, e só neste ano, quase 360.000 afegaos e afegás fôrom deslocadas polo conflito, segundo a ONU. Metade da populaçom vive na pobreza. Com umha mortalidade infantil das mais altas do mundo e com a esperança de vida das mais baixas.

Um governo corruto e carente de legitimidade e a transformaçom do país asiático no maior produtor de ópio a nível mundial (80% da heroína é produzida ali) é a bagagem de duas décadas da agressom protagonizada polos EUA e a NATO.

Perante o cinismo e as falsas preocupaçons dos governos ocidentais eos seus altifalantes sobre o respeito dos direitos humanos, nomeadamente os das mulheres, cumpre lembrar que é o imperialismo que tem promovido a barbárie integrista, destruindo, ocupando países e liquidando os seus movimentos laicos, progressistas e anti-imperialistas em toda a regiom. Ou nom fôrom os próprios EUA e os seus aliados quem promovêrom e apoiárom os Mujahidin para derrotar a República Democrática do Afeganistám? Nom o tentárom na Síria? Basta já de hipocrisia.

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