É o MAAT, o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia

Nova proposta cultural para a cidade de Lisboa

Trata-se de um espaço único em Lisboa que visa o diálogo entre as pessoas, a cidade e o rio ao tempo que se torna em um dos polos museológicos mais visitados do país

O MAAT
photo_camera Uma parte do MAAT vista desde o rio

O Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, que abre ao público parte do espaço no dia 5 de outubro, e a totalidade em março de 2017, com um investimento próximo aos 20 milhões de euros, é definido como "a nova proposta cultural para a cidade de Lisboa.

Um museu que cruza três áreas num espaço de debate, de descoberta, de pensamento crítico e de diálogo internacional" explicam desde a EDP (Energias de Portugal, antes Electricidade de Portugal). Trata-se de um projeto inovador que coloca em comunicação um novo edifício, desenhado pela arquiteta britânica Amanda Levete e a Central Tejo, um dos exemplos de arquitetura industrial da primeira metade do século XX, e, também, um dos polos museológicos mais visitados do país.

Sobre a escolha do projeto de Amanda Levete, António Mexia, presidente do conselho de administração da EDP, justificou que era desejo da empresa criar um edifício na cidade com uma arquitetura orgânica: "Em Portugal a arquitetura tem sobretudo linhas retas, e queríamos um outro conceito, também mais comunicativo e de usufruto público.

Quem não viu o MAAT, não viu coisa boa

Se até hoje o refrão “quem não viu Lisboa, não viu coisa boa” recolhia a beleza e os pontos de interesse da cidade, desde já haverá que concluir que quem não viu o MAAT, não viu coisa boa. O MAAT traduz a ambição de apresentar exposições nacionais e internacionais com o contributo de artistas, arquitetos e pensadores contemporâneos. Refletindo sobre grandes temas e tendências atuais, a programação apresentará ainda diversos olhares sobre a Coleção de Arte da Fundação EDP. "É um espaço único em Lisboa que visa o diálogo entre as pessoas, a cidade e o rio", salientou António Mexia, em conferência de imprensa, para acrescentar, e salientar, que se trata de um espaço público construído com investimento privado.

Espaço público com  investimento privado ou a ambição de apresentar o contributo de artistas, arquitetos e pensadores contemporâneos

Ocupando um campus de 3,8 hectares, equivalente a quatro campos de futbol,  à Beira Tejo, a Fundação EDP, proprietária do museu, apresenta o MAAT como um projeto de ambição internacional que unifica o edifício centenário da Central Tejo e o novo museu, desenhado pela arquiteta inglesa Amanda Levete.

Um projeto de ambição internacional que  traduz a ambição de apresentar em Portugal exposições internacionais e de refletir sobre grandes temas e tendências contemporâneas.

O projeto, acrescentam, traduz a ambição de apresentar em Portugal exposições internacionais, de refletir sobre grandes temas e tendências contemporâneas, de dar destaque ao trabalho de artistas portugueses contemporâneos e de apresentar diversos olhares sobre a Coleção de Arte da Fundação EDP, composta por mais de um milhar de obras e cerca de 250 artistas portugueses.

E para começar ... Dominique Gonzalez-Foerster

TH.2058A programação do MAAT começou a 30 de junho com a apresentação de quatro exposições em salas renovadas do edifício da Central Tejo, mas é agora que o novo edifício abre ao público com uma obra de grandes dimensões criada pela artista francesa Dominique Gonzalez-Foerster especificamente para este espaço.

Dominique Gonzalez-Foerster, artista francesa de destaque na cena contemporânea mundial mora parte do ano no Brasil, onde conta com obra permanente no Centro de Arte Contemporânea Inhotim, em Brumadinho (Minas Gerais). Trabalhou para esta encomenda no espaço central do novo edifício do MAAT, com uma criação em torno do tema que inaugura a programação do novo museu: Utopia/Distopia. Evocando um conto de fadas para o século XXI, a artista concebeu Pynchon Park como um recinto no qual seres de outro mundo observariam o comportamento humano nas melhores condições possíveis. O novo trabalho ocupa por inteiro os quase mil metros quadrados da Galeria Oval do MAAT.

A obra de Dominique Gonzalez proporciona uma experiência lúdica e intrigante em que os espetadores se tornam parte da obra de arte.

Nesta fase inicial, a entrada no museu vai custar cinco euros e passará a nove euros em Março de 2017, com entrada livre até aos 18 anos e a possibilidade de aquisição de um cartão de membro do MAAT com um preço anual de 20 euros.

Imagem: instalação de Dominique Gonzalez-Foerster, na Tate Modern

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