China realiza fórum sobre marxismo e socialismo no mundo

A luta de ideias, por uma informação correta sobre a China, pelo compartilhamento das realizações no campo das ciências sociais e políticas e a atualização sobre os conteúdos vigentes na política externa do gigante socialista asiático estão na ordem do dia, polarizam atenções e mobilizam pessoas e organizações acadêmicas e sociais ao redor do mundo. Nos dias 28 e 29 de novembro, realizou-se em Pequim o 13º Fórum sobre o Socialismo no Mundo, auspiciado pela Academia Chinesa de Ciências Sociais e organizada pelos institutos que a integram, como o Centro de Pesquisas sobre o Socialismo no Mundo, a Academia de Marxismo, o Instituto de Informação e Estudos, o Burô de Cooperação Internacional e o Centro de Pesquisas sobre o Pensamento de Xi Jinping sobre o Socialismo com Características Chinesas na Nova Era. Participaram cerca de 250 pensadores marxistas de diferentes ramos das ciências políticas, sociais e humanidades, intelectuais orgânicos, líderes de partidos políticos comunistas, socialistas, progressistas e de movimentos sociais. Mais da metade dos participantes eram provenientes de 32 países de todos os continentes. Os demais eram cientistas políticos e sociais chineses. O Fórum sobre Socialismo Mundial é uma das múltiplas atividades desenvolvidas na China para intensificar o intercâmbio de ideias e o diálogo com intelectuais marxistas de todo o mundo e difundir a teoria científica e revolucionária do marxismo, que orienta a construção do socialismo com características chinesas. O tema central do 13º Fórum foi 'Construir a comunidade de futuro compartilhado para a humanidade', ideia lançada há uma década pelo líder máximo da China, Xi Jinping, presidente da República e secretário-geral do Partido Comunista da China. O discurso de abertura foi pronunciado pelo presidente da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Gao Xiang, seguido por Li Shenming, outro prestigiado intelectual marxista chinês, diretor do Centro de Pesquisas sobre o Socialismo no Mundo. Comunidade de futuro Ao destacar o tema da construção da comunidade de futuro compartilhado, foram analisados diferentes aspectos desta instigante ideia de Xi Jinping, que oferece os principais insumos da política externa da China na fase atual. "O mundo é o lar comum da humanidade e é dever e responsabilidade de todos defender a humanidade e afastar-se do caminho da autodestruição [...] Os países são interdependentes e estão interconectados, por isso todos têm a obrigação de defender a paz e fomentar a cooperação", foram alguns dos enunciados do presidente chinês lembrados por diversos intervenientes no Fórum. Esses princípios ganham importância confrontados com as características do mundo atual, marcado por incertezas, turbulências, conflitos, déficit de paz, de desenvolvimento, de segurança e governança. O marxismo é uma ciência que continua válida, pois leva em consideração as leis objetivas do desenvolvi-mento humano Um consenso absoluto entre os participantes chineses e estrangeiros no Fórum é a opinião de que o marxismo é uma ciência que continua válida, pois leva em consideração as leis objetivas do desenvolvimento humano. Por esta razão, acredita-se que continua válido lutar pelo socialismo e o comunismo, o que requer a existência de partidos marxistas sólidos, enraizados nas massas populares e assentados em suas realidades nacionais peculiares. No caso da China, ganha relevo o fato de que na construção do socialismo com características próprias, o fator decisivo é a direção do Partido Comunista aplicando o princípio de que o povo é o sujeito da história e está no centro das políticas de desenvolvimento econômico e social em curso. O pensamento sobre a construção da comunidade de futuro compartilhado é visto como um sistema teórico científico, a contribuição dos comunistas chineses e de seu líder à civilização e ao progresso da humanidade, numa situação em que a luta pelo socialismo no mundo atravessa um período de transição da derrota à recuperação, consistente na abertura de um novo período de acumulação de forças. A construção de uma comunidade de futuro compartilhado é um dos grandes desafios da humanidade num mundo dilacerado por contradições, crises e conflitos. Os elementos constitutivos dessa comunidade são: mundo de paz, segurança coletiva e universal, prosperidade comum, abertura e inclusão e encontro de civilizações. O corolário de tal pensamento são as três iniciativas lançadas por Xi Jinping nos últimos anos, que fazem parte da presença chinesa no mundo: pelo desenvolvimento, a segurança e a civilização globais, nas quais desponta como fator chave a modernização socialista da China e a realização do "sonho chinês de revitalização nacional".