Opinión

Os pactos

É como um andacio, como uma febre, o reiterado comentario sobre posibilidades de acadar um governo, nado, naturalmente, de eventuais pactos entre diversos partidos políticos, já que nengum acadou uma maioria.

O inexplicável (ou talvez sim) "sorpaso" do PP deixou muito descolocados aos outros tres partidos estatais. Recupera o PP seu natural prepotente e forza aos outros dous partidos "constitucionalistas", como gostam de chamar-se, para um pacto que "permita a governabilidade de Espanha"; teram que juntar-se Ciudadanos e PSOE com o PP para que este poda governar e sacarnos de esta indefinição de um Estado sem governo para acadar outro Estado desgovernado em maos de um partido que, ainda com importante respaldo popular, tem enfrontados a um 70% do eleitorado, cuios representantes som incapaces de entenderse entre eles polo trazo de varias linhas vermelhas, mas que todos coincidem em rejeitar as políticas austericidas e limitativas de diretos que sufrimos durante os quatro anos em que arrasou a direita.

Recupera o PP seu natural prepotente e forza aos outros dous partidos "constitucionalistas", como gostam de chamar-se, para um pacto que "permita a governabilidade de Espanha"

A incapacidade para chegar a acordos por parte dos partidos disconformes (todos praticamente) com as politicas do PP favorece a continuidade na governanza de este (já por oito meses mais de borla), com suas leis represivas e austericidas em vigor, e o perigo de que chegue a recuncar na formação de governo mantendo toda a legislação que empobrece económica, social e culturalmente a este país. Já vemos como as posições evoluem e o que era o NÃO de Ciudadanos a um governo do PP com Raioy, já vai passando polo compromico de abster-se ... e ainda temos tempo para mais; e os chios do PSOE fronte á rotundidade do NAO dam paso a possibilidades de jogos parlamentares para, sem "retratarse" plenamente, facilitar a investidura. Todo com longas ou curtas entrevistas, nas que podem tratar-se diversas propostas ou nenguma, já que a cidadania desconhezemos o contido da reunião.

A negativa de Ciudadanos era a uma investidura encabezada polo Sr. Rajoy (agora parece que levantou o veto). A do PSOE era por ser oposição e não aliados. Quales som os motivos reais e quales os que interesam aos cidadaos? Não seria muio mais eficaz e mais ilustrativo para a cidadania, que os diversos partidos políticos que realizam a primeira rolda de contactos com o partido que asume a possibilidade da investidura digam claramente quales som seus pontos para facilitala? Penso que o recado, antes da reunião e publicitado, poderia ser de se vai derrogar a lei mordaza, se vai derrogar as legislação em materia laboral, social, de educação e sanidade, revisar a lei eleitoral, etc. De este jeito saberiamos os sufridos habitantes de isto que chamam "reino", quales som as verdadeiras posturas e propostas de cada um dos partidos políticos fronte á nova legislatura e o que, razoavelmente, podemos agardar deles. Também o partido que asume o liderazgo da investidura pode contestar, com igual publicidade, se da lei mordaza só estaria disposto a derrogar um pouquinho ou todo e se a lei de educação não é (p.ex.) discutível ou se há possibilidades de, polo menos, falar da reforma laboral.

O partido que asume o liderazgo da investidura pode contestar, com igual publicidade, se da lei mordaza só estaria disposto a derrogar um pouquinho ou todo e se a lei de educação não é (p.ex.) discutível

Fala-se agora de que tanto PP como C's estám metendo pressão ao PSOE para que decida facilitar a investidura do Sr. Rajoy. Pode ser. Precisamente para evitar alianzas pouco claras e situações dificeis de solventar, penso que se o PSOE, antes da reunião com Rajoy largase a mensagem de que qualquera negociação passa por a derogação de... ou a modificação de... o que estimen pertinente (que já não sei que é o que o PSOE estima "pertinente" ou "irrenunciável" a estas alturas), teriamos evidenciados os motivos da confluência ou rejeitamento e ninguém poderia falar de caprichos, de se o que pretende é sair do enredo ou se do que trata e obter determinado tipo de ventagens.

Algo tanto simple se não se lhes ocorre por algo será. O problema não é deles; o problema é nosso que seguimos soportando toda a desfeita, toda a dor, toda a miseria que nos trouxo esta maldita legislatura da maioria da direita carpetovetónica e delincuente.   

Comentarios