Opinión

Análise jocosa

Com o empuxe da direita carpetovetónica de sempre, a ajuda da direita emergente e impredecivel e a colaboração da difuminada socialdemocracia (todos os epítetos mais proximos a esta ja forom empregados polo Sr. Rufián  no Congreso) sacarom adiante o novo governo, naturalmente da direita rancia; penso que não representa o país, mas é o que há

Merece a pena facer alguma análise política do novo governo, dos novos ministros, do que podemos agardar? penso que não. Como brincadeira só se me ocorreu outra analise, cecais de “marujeo”.

Tomade (tomemos) boa nota os que defendedes (defendemos) a separação do Estado e da Igreja, os que estamos polo Estado laico, os que não gostamos da simbologia religiosa. O Sr. Rajoy jurou seu cárrego de primeiro ministro, muito gráficamente, com uma mão na Constituição e a outra sobre a Bíblia e o crucifixo (ao parecer, o crucifixo não era de habitual presença neste tipo de actos); e jurou, não prometeu, seguramente porque as promesas as leva o vento. Claro que se não tivo reparos em modificar o texto constitucional ao melhor tampouco tem reparos agora para modificar a Bíblia.

Se não tivo reparos em modificar o texto constitucional ao melhor tampouco tem reparos agora para modificar a Bíblia

A parafernalia de juramento dos novos (ou velhos) ministros tambem tem seu aquele. Mais aló de que a continuidade da Sra. Bañez seja o exemplo paradigmático do caso e agradecemento que o Sr. Rajoy fai a seus valedores do PSOE (incluso á sua outra pata de Ciudadanos e seu acordo de não sei cuantos pontos) e que a Sra. Cospedal em Defensa (que tambem é “ataque”) nos encha de temor vista suas actitudes “conciliadoras” quando presidente de Castilla-La Mancha ou como segredaria do PP, e que Educação permaneza nas mesmas mãos (deve der polo de “deporte”), foi ¿ilustrativo? (tal vez) observar o desfile e as atitudes individuais. Curioso, todos os homes “jurarom”, a metade menos uma das mulheres “prometerom” (o de “metade menos uma” é uma licenza retórica para que pareza que forom muitas mais, a realidade é que forom duas fronte a tres, pois as féminas neste governo feminista som cinco entre treze); isso sim, todas genuflexas no seu saudo ao Rei.

Se todos os homes “jurarom” implica que seguem no seu retrógrado clericalismo social (se decides “e machismo” o diriades vos, não eu)

Ao fio das duas únicas “promesas”, precisamente de duas mulheres, entre treze (tres mulheres e oito homes) poderia levarnos a alguma reflexão... reflexão do anedótico, pois sobre o contido nada que reflectir. Vai mudando a mentalidade feminina na direita e ja está proxima a igualdade entre beatas e liberadas? Se isso é assim quer dizer (penso eu) que no país ja as mulheres maioritariamente superarom antigos atavismos religiosos e educativos para entrar num mundo de modernidade e igualdade... ao melhor me perdo, porque a anterior reflexão deixa-me perplexo, porque no silogismo de que se só algumas mulheres “prometerom”, o que implica uma evolução social e mental importante, que diria da outra pata do silogismo?, ergo se todos os homes “jurarom” implica que seguem no seu retrógrado clericalismo social (se decides “e machismo” o diriades vos, não eu).

Prefiro não seguir por este caminho porque incluso me podo pôr trascendente na análise sociológica do “prometo” e “juro”, rematando esta bricadeira “marujil” numa tese filosófica.

Ainda outro tema prendeu minha atenção. O inefável Maruhenda, na tertúlia matutina de A3, lanzou uma maldade que imputava a um rumor: a Rainha não assistiu à toma de pose dos ministros nem ao do Presidente mostrando assim sua desafecção com a direita e por ende com o PP.

A verdade é que podem dar para muito estas analises superficiais que, polo menos, podam divertirnos fronte “al gemir y chirriar de dientes” que nos agarda.

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