Opinión

Violência

[Nemésio Barxa]

A Guarda Civil, tão abnegada em ajuda ao cidadão em catástrofes ou situações de perigo, mostra na sua atuação repressiva nas protestas cidadãs a imagem mais indigna, da que temos abundosos exemplos na Galiza, que fundamenta sua lenda negra e mesmo o poema de Lorca, que sofreu sua barbárie. Na Toxa, sexta passada, membros da Mesa e da sociedade galega concentraram-se no acesso á Ilha para mostrar seu repúdio e desgosto ante a desconsideração (provocação?) de ter denominado e publicitado os organizadores a celebração do “Foro La Toja” deturpando o nome da Toxa, em claro desprecio ao nosso idioma. Pouco mais de 30 pessoas, adultas, maioritariamente profissionais ou intelectuais, com sua presença e uma faixa de lenço que indicava o motivo, afearam a organizadores e assistentes essa, como mínimo, descortesia com um povo, seu idioma e sua toponímia, concentração comunicada ao Concelho. Nesse contexto a Guarda Civil, em número pouco inferior ao dos próprios assistentes, arremeteu, com golpes, pancadas, empurrões e violência totalmente desnecessária, contra os pacíficos reunidos, homes e mulheres. No OUFF o diretor de cine Pepe Valle advertia que “a violência invadiu até o sono dos nenos”. Negro porvir, com umas forças públicas que não se moderam nem na violência inútil que tem provocado resoluções condenatórias do TJUE.

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