Opinión

Aforros

[Nemésio Barxa]

Ainda que sem pregunta inicial concreta, El Rei, por própria vontade soberana, manifestou-nos (mais bem deu-nos a entender) que nem era nosso Rei nem nos considerava súbditos seus e só aos que considerava como tais lhes oferecia, dentro da sua magnanimidade e sem que servisse de precedente nem regula, uma prova de seu natural aforrador, informação que aos nacionalistas negava. Vale, porque se no seu pensamento nos considerasse servos da gleba, polo menos não nos considerava imbèciles como a seus vassalos muito queridos. Porque o certo é que manifestar uns ingressos totais no seu tempo de príncipe e de rei, de 4,3 millóns de euros (supomos que serão brutos e que depois de impostos serão 2,8 millóns) e que seu património é de 2,6 millóns, por uma simples regula matemática resulta ter aforrado o 80% das suas retribuições, e ser economicamente "apanhadinho". Diga a seus ingénuos súbditos como se pode viver com o 20% de seu ordenado. Será tal vez que vive a costa dos ingressos da sua mulher que não declara património? Ainda que cobra do erário público, igual que sua mãe e a princesa de Asturias. Nem se compromete ao controlo das Cortes nem a informar com regularidade. Certamente, nem vassalos nem imbéciles.

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