Opinión

A fala joga

[Nemésio Barxa]

A um mês escasso das eleições deveríamos ter já interiorizado que os resultados importam na nossa terra e que as brigas que na Espanha enfrentam a uma direita dogmática com uma esquerda possibilista (desqualificações ou anistias) nem nos importam nem são transpolaveis; nos ao nosso, a pelejar por um horizonte de esperança nos próximos quatro anos que sejam prefacio de uma recuperação total de direitos, possibilidades de vida na terra, cultura, ensino, sanidade… governos nas próprias mãos que nos restituam toda a dignidade e qualidade de vida perdidos em governos anteriores, dependentes dos poderes económicos e políticos espanhóis. E nessa recuperação joga a fala, nosso idioma tão maltratado pola Xunta que renunciou a seu uso principal, restando-lhe presencia educativa e dignidade social, desprezado polo anterior presidente da Xunta que votou no Congresso em contra de que ali se utilizasse, ou que o atual presidente manifestasse que havia cousas mais importantes.

Incumprindo compromissos assinados, como se recolhe neste diário do dia 18. Pobres patufos desleixados que teriam que avergonhar-se ante a inocência e solidariedade da infantil comparsa gaditana 'Las hijas de Neptuno', com uma canção dedicada às línguas cooficiais ou o cineasta nova iorquino Viggo Mortensem que fala e defende o galego afirmando que "as línguas são o tesouro dos povos". Vota em e por o galego.

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