Opinión

Nom passarám

Nunca deixárom de estar aí, mas cada vez som mais visíveis, já nom se escondem. O que até há uns anos era umha exceçom, agora é norma em qualquer parte: no supermercado, no bar, na praia, no teu centro de saúde ou no trabalho. Som facilmente reconhecíveis. Exibem a rojigualda, imposta a ferro e fogo, sem pudor; som machistas, homófobos, racistas e mui espanhóis. Era (e é) parte da base eleitoral do Partido Popular, mas a entrada de Vox nas instituiçons espanholas e a cobertura mediática ao discurso de extrema-direita em prime time  fixo que saíssem das suas tocas.

O fascismo está mais presente que nunca e, com ele, o seu discurso de ódio contra “rojos, separatistas, inmigrantes y maricones”. E nom falo só do partido de Abascal e dos 52 deputados e deputadas presentes no Parlamento espanhol. Falamos dos alicerces do regime emanado de 36; falamos da sua judicatura, da igreja, dos corpos repressivos e dum exército comandado polos mesmos apelidos compostos que há 85 anos iniciavam o holocausto galego.

Crianças de catorze anos a passearem com a bandeira ao grito de “Arriba Espanha” em qualquer cidade galega quando joga “La Roja”; vários ataques homófobos nas últimas semanas, até chegar ao assassinato de Samuel na Corunha na passada semana; decisons judiciais que avalizam as posiçons da extrema-dereita… e isto só está a começar.

Nom podemos permitir que continuem a avançar, há que combatê-los, na rua e nas instituiçons. Nom há espaço para equidistáncia. Nom passarám!

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