Opinión

Promocionar o camiño de ferro

A única estratégia possível para travar o câmbio climático.

Os transportes são responsáveis por mais do 25% das emissões totais de gazes de efeito estufa e o 40% dos setores difusos. Do total do transporte o que vai por estrada representa o 95% do total. O avião e os cruzeiros transatlânticos são mais poluentes. Por isso fomentar o caminho de ferro é o mais eficaz se queremos deixar uma terra habitável a nossos descendentes.

O modelo de sociedade atual favorece o urbanismo que agrava o deterioro da atmosfera. Por isso desde o ecologismo defendemos a disseminação da população por contraste a concentração nas grandes urbes, focos do aquecimento global,da poluição das águas e da Terra em geral. Produtoras de lixo. E defendemos o caminho de ferro como o transporte mais barato, seguro e ecológico.
Face a isto é escandalosa a redução de serviços que estão a sofrer as nossas já fraquinhas linhas férreas. Galiza precisa dum trem de qualidade que de serviço a sua população. No nosso estatuto de autonomia figura entre as competências: "Vías férreas e estradas non incorporadas á rede do Estado, con itinerarios que se desenvolvan integramente no territorio da Comunidade Autónoma".

O Bloque solicitou em varias ocasiões a transferência do caminho de ferro, que foi aceite polo Parlamento galego, mas que Feijoo não fiz efetivo. Os fundos Next Generation reservam um 30% do conjunto da união europeia para a luta contra o cambio climático. Este dinheiro, que procede do pagado por toda a cidadania, uma grande parte tem que ir para evitar a poluição por estrada provocada polos combustíveis fósseis. 

Galiza produz já mais de um tercio da energia da que consome. Ainda não temos grandes urbes aceleradoras do cambio climático. Estamos no momento propicio para o fomento do nosso trem de media e curta distância. Eletrificado com a nossa energia. Para isso há que regular os horários, aumentar os serviços, e levar o trem a cidades como Lugo que é a única das capitais que não tem conexão com Santiago por via férrea. Desde Curtis até Lavacolha ha aproximadamente 40 quilómetros, de maneira que para irmos de Lugo a Compostela bastaria fazer esta rama.

Isto foi reclamado polo Bloque assim quanto um baipas a altura de Enfesta para facilitar a comunicação entre Corunha e Ferrol. Que é importante. Um comboio de perto ida e volta favoreceria muito a esta comarca das Marinhas que tem um grande potencial económico e social. A linha Corunha Vigo deveria ser uma prioridade de qualquer governo que queira ser honesto com Galiza, para unir com O Porto e Lisboa. Pretendem convencer-nos com esse Avia Ourense Madrid, (caríssimo) no lugar de podermos ter umas boas comunicações internas que nos ponham em contacto entre nós, favorecendo o comercio de proximidade e o intercâmbio cultural. E reduzindo as nossas emissões de GEE.

Desde Ferrol até Bilbo poderíamos chegar bem se o FEVE estivesse cuidado e fosse eficaz. Desde lá até a fronteira francesa há comboios com os que conectar. Mas o que parece absurdo e gastar o dinheiro e grande impacto ambiental para um trem que chegue a Madrid em duas horas quando de Corunha a Ferrol ou desde Lugo a Corunha tarda-se mais e eliminaram-se muitos serviços. O governo de Feijoo não está a utilizar os fundos europeus para o nosso bem estar nem para a compensação do deterioro ambiental. Pelo contrario, está a entregar as nossas sagradas montanhas a  companhias estrangeiras facilitando a instalação de grandes parques eólicos que Galiza não necessita que apagam a nossa história, interferem no ciclo hidrológico, trituram as aves e rompem o nosso território expulsando a pouca gente que vive no rural e que cuida da terra. O dano ambiental que se está perpetrando é irreparável. O maior da nossa história. Denunciamos que, na Galiza e na Espanha não se está lutando contra o cambio climático senão ao contrario. Está a ser agravado polas políticas suicidas que se estão a fazer. Quem se lucra desta desfeita? O povo não, mas sim os que põem a mão para receber parte do ganho da venda dessa eletricidade que não retorna a Galiza nem ao povo que vai ser expulso das suas terras. 

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