Opinión

Soberanismo e partidos

Hoje é um sentir generalizado no campo soberanista a necessidade de procurar, desde o reconhecimento para a singularidade dos distintos projetos e estratégias políticas que nel convivem, reptos comuns e estratégias conjuntas em chave de país para enfrontar com peso político o atual cenário de involuiçom nacional e social e por proa, com firmeza, e com factos irreversíveis, face o horizonte da independência nacional, a República da Galiza ou o Estado próprio, segundo as distintas formulaçons utilizadas para exprimir esta mesma ideia.

Hoje é um sentir generalizado no campo soberanista a necessidade de procurar, desde o reconhecimento para a singularidade dos distintos projetos e estratégias políticas que nel convivem, reptos comuns e estratégias conjuntas em chave de país para enfrontar com peso político o atual cenário de involuiçom nacional e social e por proa, com firmeza, e com factos irreversíveis, face o horizonte da independência nacional, a República da Galiza ou o Estado próprio, segundo as distintas formulaçons utilizadas para exprimir esta mesma ideia.

É induvitável que na eclosom deste novo cenário tivérom muito a ver o giro soberanista aprovado na XIII Assembleia Nacional do BNG de Ámio em 2012, a assunçom pública por parte do nacionalismo hegemónico da inutilidade e o esgotamento da via estatutária e, sobretodo, as novas práticas às que o giro deu passagem.

"Som preocupantes certos sinais que sugirem a vontade de converter a reivindicaçom da soberania num bandeirim de enganche limitadamente partidarista" 

A constituiçom formal da iniciativa sócio-política Galiza pola Soberania, a crescente centralidade que adopta na política galega a reivindicaçom dum Estado próprio abeirando em parte o abismo existente entre os objetivos estrategicamente formulados e a tática política concreta –reivindicaçom do Estado plurinacional espanhol, Estatuto de Naçom, reclamaçom da impagável Dívida Histórica como simples “posta a ponto” das infraestruturas, etc.-, o estabelecimento de canais de comunicaçom e conhecimento mútuo entre distintos projetos soberanistas, a conversom da solidariedade com os retaliados e retaliadas políticas num espaço de encontro nom exclusivo, etc. som algumhas das expressons do que, se calhar, com certa grandiloquência, vista a dimensom rea dos fatos concretos, se chamou o “novo clima”.

Além da obviedade de que as evoluiçons produzidas nestes dous anos fôrom positivas, além de constatarmos o saudável avanço das posiçons independentistas na sociedade galega, som também evidências inegáveis para milhares de militantes e simpatizantes da causa galega as insuficiências e contradiçons dos passos dados, a necessidade de progredir de discursos avançados para práticas avançadas e os razonáveis temores que suscitam estas fraquezas.

"Estas práticas já nom só desmotivariam e contradiriam as anunciadas vontades de rutura democrática e processos de unidade de açom soberanista, mas frustrariam o efeito chamada e a ativaçom e acumulaçom de vontades independentistas"

Nom seremos nós quem pretenda, desde cómodos maximalismos retóricos e radicalismos de opereta, que processos complexos se produzam de modo linear, da noite para a manhá, sem os previsíveis avanços e retrocessos. Qualquer giro estratégico, se real e profundo, requer um madurecimento. Mas, do mesmo jeito, tampouco vamos facilitar que, sob o argumento dos tempos e as dificuldades inerentes a processos como os anunciados, se introduza de contrabando a indisposiçom para progredir numha estratégia unilateral de rutura com Espanha e a negativa a assumir os custos e incomodidades de todo tipo que implica esta decisom.

Neste marco conceptual, som preocupantes certos sinais que sugirem a vontade de converter a reivindicaçom da soberania num bandeirim de enganche limitadamente partidarista ou, pior ainda, o instrumento para dirimir legítimas brigas eleitorais e hegemonias de curto alcanço entre formaçons com presença institucional. Estas práticas já nom só desmotivariam e contradiriam as anunciadas vontades de rutura democrática e processos de unidade de açom soberanista, mas frustrariam o efeito chamada e a ativaçom e acumulaçom de vontades independentistas que nesta conjuntura sim som fatíveis, e imprescindíveis, se quem convocam à defesa da causa galega logram concitar simultaneamente legitimidades, amplos reconhecimentos e a percepçom generalizada nas bases soberanistas de se mobilizarem por objetivos e interesses mais altos do que a defesa de projetos partidários ou objetivos eleitorais.

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