[Nemésio Barxa]
Há quem responsabiliza a Ucrânia de ser invadida, bombardeada e massacrada na invasão realizada por Rússia; bom. Também há quem qualifica o genocídio do Estado israelita com os palestinos de simples ações de segurança fronte a uma banda armada; bom. E ainda há no Estado espanhol quem afirma que o Poder Judicial não intervém em política nem se entremete na governança por parte dos outros poderes; pois bom. Sempre há interessados, bem os russos no primeiro caso, bem os judeus, os USA a GB e alguma direita insolidária no segundo, bem uma direita espanhola míope e o mesmo Poder Judicial no terceiro. No último caso mais que as interpretações sesgadas o que me desacouga e que todo um terceiro poder do Estado, o Poder Judicial, poda com toda a solenidade de uma declaração institucional atrever-se a analisar e rejeitar um texto que nem se conhecia nem sequeira figurava acordado. O Poder Judicial sentia-se agredido polo texto da Lei de Anistia (anistia à parte) que suspeitava incluía o lawfare ou resoluções com fins políticos (pois vaia) que nem aparece no texto registado no Parlamento, e que no seu preâmbulo dize expressamente que "a anistia não afeta ao princípio de separação de poderes nem à exclusividade da jurisdição". Pouca seriedade, menos credibilidade.
