Opinión

O espelho de Portugal

[Nemésio Barxa]

Já na adesão á UE os portugueses, que negociavam em nome próprio, sacaram melhor proveito e menos recortes, no tocante á pesca e o naval, que Galiza, que o faziam terceiros. Desde 2017 Portugal, tomando decisões sobre a floresta, limita por lei a superfície que pode ocupar o eucalipto a 812 hectares em todo o país e impede novas plantações até o ano 2030, polo que supõe de perigo de incêndio e quantidade ingente de água que precisa esta espécie agravado neste presente/futuro de desertificação; ante esta limitação as empresas pasteiras portuguesas reagirem investindo em mais de 600 hectares de plantações de eucalipto na Galiza onde um governo dependente e conivente com a indústria privada permite incluso incumprir uma tímida moratória até 2025 de estas plantações; e segue também sem cuidar o monte e limpar o durante todo o ano. No Norte de Portugal há praticamente pleno emprego, como o acredita que ultimamente não haja pessoal português trabalhando na obra pública na Galiza, enquanto que aqui temos uma taxa de desemprego que excede do 11%, tenhem aeroportos mais operativos e vão caminho de ter melhores portos. E se algum dia conseguimos o corredor atlântico até Vigo-Ferrol será graças á visão de futuro e teimosia de Portugal.

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