Opinión

Avançar

[Nemésio Barxa]

A monolítica unidade das direitas espanholas (tanto da extrema-direita como da direita extrema), só com inapreciáveis fendas de nebulosos matices, ameaça com quebrar a tíbia resposta da cidadania espanhola na aposta para seguir na via do progresso e rejeitar a volta a inquietantes derrogações de direitos alcançados com tempo e trabalho e que considerávamos consolidados. 

Na proposta por continuar na senda do progresso coincidem os partidos de esquerdas e os nacionalistas (tanto esquerdas como direitas), mas, infelizmente, não se aprecia o mesmo, nem aproximado, grado de unidade entre estas forças, desbocadas, e com publicidade, em busca de concessões ocasionalmente difíceis de encaixar.

O escasso margem existente entre a possibilidade de continuar um governo de ideologia progressista (com claros e sombras na toma de decisões) e umas sempre incertas novas eleições ou incluso um governo da direita cavernícola, desde meu ponto de vista obriga a decantar-nos pola continuidade, sem linhas vermelhas, e dando tempo depois para um estudo mais repousado daquelas petições mais complexas, com a perspectiva de que de não haver acordo sempre se podem denegar os apoios parlamentares precisos para a continuidade do governo.

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