Opinión

Violência de género

[Nemésio Barxa]

Fico suspenso quando vejo mulheres com sorriso feliz escutando ou parabenizando a Feijoo ou Abascal. Mulheres que talvez não tiram vantagem económica de essa sua adoração (não a Cuca Gamarra ou Ana Pastor e outras que tiram reditos de colaborar com o patriarcado).

E arrobadas escutam a seus lideres que anunciam nos seus programas (e praticam nas CCAA nas que cogovernam PP e Vox) derrogar o conceito de violência de género e substituí-lo pola difusa violência doméstica, ainda que o número de mulheres assassinadas ou lesada seja do 90% dentro da família, de violência sexual, praticam medidas de pressão contra as mulheres que querem abortar, cinicamente o PP manifesta-se feminista, mas denunciou perante o TC alguns dos avanços feministas mais relevantes como as leis de igualdade, do aborto, a do só sim é sim, etc, com argumentos alguns tão peregrinos como o da presidenta de Balares de que as mulheres são mais tolerantes porque não tenham pene ou as soflamas da presidenta das Cortes Aragonesas, transfóbica, xenófoba, fanática religiosa, negacionista climática e antifeminista, etc, e sempre com o amparo de uma justiça maioritariamente machista.

Uma mulher que nestas eleições vote direitas (PP-Vox) vota contra ela mesma e contra os direitos humanos de suas filhas e do resto do coletivo feminino.

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