[Nemésio Barxa]
Meu dilema hoje, em que escrevo o último Editorial anterior às votações, é escolher o coletivo de claramente prejudicados com uma eventual mudança de governo para uma direita que mostrou claramente seus projetos involutivos e derrogatórios de direitos e liberdades adquiridos.
Se os dous coletivos aludidos em anteriores Editoriais da minha autoria (LGTBI e violência de género) já não é risco de futuro senão risco real onde PP/Vox governam, duvido agora se eleger o coletivo dos reformados, que já viram como o PP votava em contra da revalorização das pensões, ou o nosso futuro ambiental com o negacionismo sobre o cambio climático (ainda na semana passada no PE aprovou-se a Lei de Restauração da Natureza, com voto em contra do PP), ou o recorte nos comedores escolares (não é brincadeira, estamos a ver o que se passa em Madrid).
Ou que vai passar com a cultura, ameaçada e incluso já castigada com a censura, com a sanidade pública (desmantelada em benefício da privada, para quem poda pagá-la) a igualdade de género e quais as políticas sociais. Penso que à maioria nos interessa um governo progressista e de esquerdas, com as diversas opções que se nos apresentam, e desde logo para o votante galego seu seguro de futuro passa pelo BNG com uma representação sólida no Congresso e sua tradicional aposta por Galiza e pelos direitos e necessidades dos cidadãos.
