Opinión

O que vai de ontem a hoje

[Nemésio Barxa]

No meu anterior editorial destacava como fronte a muitas travas que apresentavam neste curioso reino, tanto políticas e de convivência como jurídicas, parece que tínhamos o resguardo de Europa e como também aos galegos ainda nos ficava Portugal, isto fundamentalmente no referente ao Eixo Atlântico, obra no que o Governo português e o PS se mostraram sempre com firmeza. Foi escrito sem análise do resultado das eleições no nosso país irmão. E, como quem dize de ontem a hoje, já veremos se ainda nos fica Portugal. Foi de surpresa como a extrema-direita do Chega podo pegar um chimpo tão extraordinário, passar a ser terceira força. Se na contagem de voto excluímos o Chega, resulta que a esquerda (PS, BE, PCP e Livre) superam em três deputados à direita (AD), insuficientes em ambos os casos para obter uma maioria e que sempre necessitariam do Chega com os seus 48 parlamentários. Veremos que faze Luis Montenegro (AD) que na campanha rejeitou qualquer colaboração com a extrema-direita. Surpreendente é que em Valença do Minho o Chega fosse a segunda força mais votada (29,6%), a decimas da AD, mentras na parte galega da Eurocidade (Tui) a direita (PP) obtive um 50%, 34,21 o BNG e 10,27% o PSOE e Vox só um ridículo 2,8%. O perigo é que AD tem um alcaide em Lisboa que fai corda com a presidenta de Madrid para que o enlace Lisboa-Porto-Vigo seja agora Lisboa-Madrid.

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