Opinión

Muito que aprender

[Nemésio Barxa]

Para um laicista impenitente como eu, pode resultar incluso curioso a simpatia com que vexo ao Papa Francisco, sua humanidade, cercania e compreensão, e reconhecimentos de direitos que veremos onde ficam quando venha um novo Papa.

Estou convencido de que acredita em Deus, que duvido no resto da jerarquia católica. Leo uma notícia da Plataforma per la Llengua Catalana que reforça minha simpatia; parece que o arcebispo de Barcelona apresentou-lhe o texto de uma oferenda à Virgem de Montserrat por qualquer aniversario, lido o texto polo Papa mostrou sua surpresa porque estivesse redigido em castelhano e não, como estimava que era o adequado, em catalão e agora o arcebispo anda buscando explicações e justificações; conhecimento e sensibilidade ausentes no clero espanhol, que tampouco tem com seu idioma muitos dos galegos e em concreto o Sr. Rueda que sobre seu uso manifestou no Parlamento que "há assuntos prioritários" ou o Sr. Feijóo que ameaça com acudir ao TC polo seu uso no Congresso.

Temos muito que aprender (já não digo amar) com exemplos como o do Relator da ONU em matéria de direitos humanos e democracia, Fernanda de Varennes, defendendo o uso do catalão no Parlamento Europeu.

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