Opinión

Linguas e rango

[Nemésio Barxa]

 

Lástima que não fosse num ato mais transcendente, mas no inútil trâmite de investidura de Núñez Feijóo, no Congresso, vai ser possível o uso, sem restrições, das quatro línguas cooficiais do Estado espanhol e a ver se de uma vez se enteram os do idioma único que na Galiza, Euskadi ou Països Catalans tanto oficial é o castelhano como o galego, euskera ou catalão, que é o que significa a palavra "cooficial"; se a Constituição define rango de cooficialidade é claro que não é de subsidiariedade ou possibilidade. O Sr. Feijóo sentirá agravado o suplício de esse remedo de investidura com estampar-lhe nos focinhos o idioma ao que tanto maltratou e despreciou como presidente da Xunta. Pessoalmente tenho motivos de preocupação; o euskera, sendo o que conta com menos falantes, não terá problema de uso. Mas o galego terá que definir-se: comum, oficial, da RAG ou reintegracionista; suponho que infelizmente optaram polo da Xunta, bastante alongado do seu tronco da lusofonia para achegar-se ao tronco do castelhano. Há um galego-português universal e internacional, com todas as particularidades que poda ter no Brasil, Angola, Galiza desde há um tempo…, no que vive e tem futuro o galego, com esse galego culto, comum e internacional é com o que deveríamos apresentar-nos no seu uso nas instituições. Catalunya terá que enfrentar semelhante problema.

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