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[Nemésio Barxa]

Surpreendia-me na passada semana uma seção de 'Analise' do meu jornal preferido, assinado por Idoia Arreaza, que afirmava que as mulheres votavam preferentemente formações de esquerdas e dava percentagens nas últimas eleições, de 44,4% estas fronte ao 30% feminino que preferia direitas.

A verdade é que minha percepção (e provavelmente a maioria da cidadania) sempre foi outra, provavelmente influída pola clarividente e certeira Victoria Kent com o resultado do primeiro voto feminino na segunda República e, mesmo pola minha profissão, o desembarco de mulheres na judicatura com abafante maioria de direitas (também eles). Assumo e celebro a mudança.

Interessam-me as notícias de Portugal e, pola contra, léu uma notícia inquietante. A de que nas Jornadas Mundiais da Juventude, em Lisboa, grupos de jovens espanhóis berravam "Que te vote Txapote", cantavam o "Cara al Sol" e hinos e consignas fascistas, obrigando incluso á retirada de uma bandeira LGBTI. Inquietante e discordante, incluso com a postura equânime e de reconhecimento de direitos preconizada polo Papa.

E remato com a leitura de que a Deputação de Pontevedra (agora do PP) outorga 126.000 euros em ajudas para ações a prol da língua galega… mentras a repressão linguista da Xunta (do PP) continua.

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