Opinión

Descaro

[Nemésio Barxa]

Minha intenção era dedicar este Editorial a sentenças judiciais e ao Tribunal Constitucional e o Supremo, mas na altura de escrevê-lo ainda sinto a repugnância de ver a dois carcamais em Paris parabenezindo-se mutuamente, ambos importantes, um por méritos próprios e o outro por antecedentes familiares e deméritos próprios, numa cerimónia que merecia melhores protagonistas.

No caso de Vargas Llosa, alem de seus tropeços e derivas políticas, ninguém pode negar sua valia como escritor, seus reconhecimento académicos e sua popularidade, ainda que se equivoque nas suas amizades como nas suas preferências na política, mas o que me produziu desassossego foi sua afirmação de que "a novela salvará a democracia ou sepultar-se-á com ela", porque ele nunca estevo a favor de salvar as democracias em Chile, Perú, Argentina ou Bolívia, ponhamos por caso, e eu lamentaria o afundimento da democracia e da novela.

O do Emérito é outro tema, desde trair ao povo saariano, também ao espanhol, agora, que mudou seu domicílio fiscal e já não será obrigado de tributar (daquela maneira) em Espanha, ameaça com volver, sem a mínima turbação. Deus os cria… 

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