Opinión

Não passarão!

Já o tinham advertido; era questom de tempo. Nom houvo que aguardar mais dumha semana  desde a posse de Lula como presidente do Brasil para que o golpismo exibisse a sua face mais violenta contra o povo, que democraticamente, elegeu os seus representantes nas urnas. 

Umha tentativa de golpe de Estado que se materializava na invasom e destruiçom das sedes dos três poderes da República. Os bolsonaristas já anunciaram durante toda a semana  o que ia acontencer enquanto ocupavam, inexplicavelmente, acampamentos nas áreas de segurança dos quarteis com a conivência dos mandos militares. Nom esqueçamos que já em novembro de 2022 os Comandantes das forças armadas divulgaram um comunicado em apoio ao acampamento instalado no Quartel General de Brasília. 

Durante umhas horas do passado domingo a República ficou em stand-by e um déjà vu dum novo golpe de Estado no Brasil e na América do Sul respirava-se no ambiente. Depois de mais de cinco horas convulsas os elementos golpistas eram expulsos do Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a Corte Suprema. 

Esta açom chega após meses de tensons e a vitória no passado 30 de outubro, em segundo turno, do candidato do PT, numha campanha eleitoral marcada pola beligerância da extrema-direita bolsonarista.

O governo e a esquerda brasileira deve preparar-se para enfrentar duras batalhas nos próximos anos começando por revogar integralmente todas as reformas levadas adiante por Bolsonaro

Um grave atentado terrorista à democracia que visa amedrontar o povo e desgastar o Governo. Umha açom que demonstra que se nom houver contestaçom popular um grupelho de pessoas pode assaltar a sede dos três poderes do Estado e contribuir para as forças armadas reeditarem o golpe fascista de 1964.

Cumpre puniçom e mão de ferro. Há que estirpar com firmeza o cancro presente nas forças policiais de Brasília e em muitas capas do estamento militar, autêntica incubadora do braço armado do paramilitarismo golpista. O presidente Lula nom pode continuar a adiar umha reformulaçom das Forças Armadas, começando pola extinçom do Gabinete de Segurança Institucional.

É necessário indentificar os financiadores, executores e apoiadores destes atos. 

É preciso decretar o ingresso imediato em prisom dos responsáveis político-militares deste simulacro de golpe de Estado a começar por Bolsonaro, mentor intelectual do mesmo e hoje escondido nos EUA, e seguindo polo general-conspirador Villas Bôas. 

Nom há conciliaçom possível com os fascistas. Nom se podem repetir os erros da "redemocratizaçom" do poder militar da década de 1980. 

O governo e a esquerda brasileira deve preparar-se para enfrentar duras batalhas nos próximos anos começando por revogar integralmente todas as reformas levadas adiante por Bolsonaro ou será sumida na apatia da derrota, como já aconteceu com o golpe contra Dilma. Sem mobilizaçom na rua que garanta os seus direitos e a defesa do atual Governo nom haverá democracia. Em fronte, um bolsonarismo, patrocionado polo imperialismo, radicalizado polas teorias da "guerra santa" e com a intençom de recuperar o país "das gadoupas dos comunistas". Um movimento de extrema-direita conformado por grupos de marginais armados dispostos a chegarem até as últimas conseqüências. 

Ou se toma consciência de que a vitória nom se pode deixar apenas em mãos da política institucional ou somaremos umha nova derrota. Nom podemos esquecer que Bolsonaro garantiu umha maioria no Senado. Daí a importáncia de Lula mobilizar e pôr na rua a sua base eleitoral para recuperar o controlo da mesma. 

Há multidom de exemplos na história que demonstram o que acontece quando o golpismo nom encontra resistência popular para os seus atos ou se encontra fronte umhas instituiçons fracas, mornas e medrosas. Nom fica muito longe no tempo o golpe neofascista na Bolívia ou apenas uns meses a "destituiçom" de Castillo no Peru. 

E olho a quem hoje mostra solidariedade, como dixo o Ché: "Não se pode confiar no imperialismo nem um tantinho assim. Nada!".

O presidente Lula deve escolher o trilha a seguir: a aberta por Fidel e Chávez ou a de Allende. Polo bem das classes populares do Brasil, e do mundo, confiamos em que escolha a primeira. 

Só a força organizada da classe trabalhadora brasileira pode travar o fascismo representando por Bolsonaro. Não passarão!

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