Opinión

Cádis

Entramos na segunda semana de greve e terceira de mobilizaçons na negociaçom entre o patronato e as trabalhadoras para desbloquear o novo convénio coletivo da indústria auxiliar em Cádis. 

Tanquetas, gases, bolas de borracha e muita violência policial contra quem defende exemplarmente os seus direitos e um salário digno, e a receita do “governo mais progressista da história™” para solucionar o conflito. 

Hoje é Cádis, mas poderia ser Ferrol ou Vigo, como em 2006. Semelha mais que evidente que há um paralelismo entre a Andaluzia e a Galiza na concretizaçom do modelo económico que o capitalismo tem destinado a ambos povos, como naçons periféricas, na divisom internacional do trabalho. Umha destruiçom planificada do nosso tecido industrial e dos setores produtivos para nos converter no retiro dourado do turismo de reformados europeus. Está por ver se quem lhes sirva o café ou limpe a sua habitaçom terá mais idade que os seus clientes, se se atrasar a idade de reforma como gostaria Escrivá.  

Airbus ou Vestas, Navantia em Ferrol ou Cádis, Alestis ou Alcoa. Fechamentos, deslocalizaçons, despedimentos e enormes retrocessos nas condiçons das e dos trabalhadores, com a impunidade que dam ao patronato as reformas laborais de PSOE-PP, e que a “ministra comunista” continua sem querer derrogar. 

A Marinha mostrou-nos o caminho há uns dias e o sindicalismo nacionalista e de classe, maioritário no nosso país, deveria ir quentando motores para umha greve geral. Há suficientes motivos.

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