O rendimento agrário galego no contexto comunitário

A Comissom Europeia vem de publicar um informe sobre os rendimentos agrários nos distintos territórios da UE em 2021. A publicaçom utiliza os dados da Rede de Informaçom Contável Agrária (RICA). A RICA recolhe anualmente os dados de perto de 80.000 exploraçons, umha mostra representativa das agriculturas comunitárias, tanto a nível regional, como em funçom do tamanho, como considerando a sua orientaçom produtiva. Esta fonte de informaçom é habitualmente polos organismos comunitários para analisar a evoluçom da agricultura comunitária, particularmente do rendimento das exploraçons. Também se emprega para realizar estudos sobre os possíveis impactos de diferentes medidas de reforma da Política Agrária Comum. Sem embargo, cumpre tomar com suma precauçom estes dados quando falamos da agricultura galega, o facto de que na RICA nom se incluam as exploraçons de menor dimensom pode ser umha eiva significativa em territórios como o nosso, caracterizados pola existência dum grande número de pequenas exploraçons. Em 2021 o rendimento agrário médio por unidade de trabalho na UE foi 28.800 euros. Esta cifra é superior à que se estima com os dados de Eurostat, apenas 19.900 euros em 2021. O facto de que na RICA nom se considere todo o sector, mas só as exploraçons que superam certa dimensom económica, explica esta importante diferença. As diferenças entre as exploraçons geridas por homes e por mulheres som notáveis. O rendimento das segundas é mais dum terço inferior ao das geridas por homens. Os pagamentos diretos da Política Agrária Comum tenhem um importante papel no rendimento agrário e para garantir a estabilidade dos ingressos agrárias. Em 2021, segundo a RICA, os pagamentos diretos supugérom por termo médio 22,6% do rendimento agrário a nível comunitário. As diferenças entre uns Estados e outros som notáveis. Se Dinamarca supera os 100.000 euros por trabalhadora/trabalhador, noutros Estados nom se alcançam os 10.000. O Estado Espanhol, com um rendimento médio de 32.000 euros por trabalhador está por riba da média comunitária. Estas importantes diferenças territoriais som ainda maiores se na vez de analisar os dados estatais, comparamos os dados a nível subestatal. O rendimento agrário por pessoa nom alcança os 20.000 euros ano, muito afastada da média comunitária e da estatal Segundo os dados da RICA em 2021 o rendimento agrário por pessoa que trabalha na agricultura na Galiza nom alcança os 20.000 euros ano, muito afastada da média comunitária e mais ainda da estatal; menos da metade das comunidades onde alcança um maior nível (Aragón, Castilla y León, La Rioja, Nafarroa). Lembremos, ademais, que o maior peso das pequenas exploraçons na Galiza em comparaçom com outros territórios, seguramente sesga à alta os resultados da RICA no nosso país em maior medida que em comunidades como Aragón, Castilla y León etc. Galiza estaria entre as regions da Europa ocidental com um menor rendimento por trabalhador agrário. O rendimento agrário por trabalhador ou trabalhadora podemos descompo-lo em duas variáveis: as hectares de superfície agrária utilizada que tem cada trabalhador/trabalhadora e o rendimento agrário que produz cada hectare de superfície: RA/trabalhador = (rendimento agrário/ha SAU)x(ha SAU/trabalhador). Esta descomposiçom em dous componentes do rendimento agrário por trabalhador permite-nos ver que o menor rendimento médio de cada unidade de trabalho agrária na Galiza se deve à denominada componente estrutural, isto é, à menor superfície da que disponhem por termo médio os produtores. Nom alcançam as 15 ha de média frente às mais de 24 ha do Estado. A componente intensificaçom (rendimento que gera cada hectare de superfície) é ligeiramente superior no caso galego. Carências nas estruturas Som fundamentalmente as carências nas estruturas das exploraçons, na sua superfície, o que explica que o rendimento agrário por trabalhador agrário seja mais dum terço inferior à média estatal. À mesma conclusom chegaríamos comparando a agricultura galego com a comunitária, o menor rendimento por unidade de trabalho agrária deriva-se da menor superfície, enquanto o rendimento por hectare é superior na Galiza. Porém, também cumpre ter em conta o elevado peso que no nosso país tenhem as despesas correntes em comparaçom com o valor da produçom. De cada 100 euros de produto total, quase 67 se destinárom a fazer frente aos denominados consumos intermédios. Mais de metade dessas despesas fórom para a compra de alimentos para o gado; um facto, em parte, relacionado com as carências na superfície.