Opinión

O futuro para ANOVA: partido-movimento e AGE

No número 51 de Sermos Galiza, o companheiro Mario López Rico fijo umha valoraçom pessoal sobre o acontecido na I Assembleia Nacional de ANOVA. É nos matizes onde nos jogamos boa parte do futuro, e nesse sentido cumpre pôr as cartas na mesa diante da militáncia e da sociedade galega, para ver quais som as apostas estratégicas num momento de especial releváncia, em que se está a desmantelar o Estado de bem-estar e as administraçons públicas tenhem menos capacidade de transformaçom para melhorar as condiçons de vida da vizinhança e poder construir o país que queremos.

No número 51 de Sermos Galiza, o companheiro Mario López Rico fijo umha valoraçom pessoal sobre o acontecido na I Assembleia Nacional de ANOVA. É nos matizes onde nos jogamos boa parte do futuro, e nesse sentido cumpre pôr as cartas na mesa diante da militáncia e da sociedade galega, para ver quais som as apostas estratégicas num momento de especial releváncia, em que se está a desmantelar o Estado de bem-estar e as administraçons públicas tenhem menos capacidade de transformaçom para melhorar as condiçons de vida da vizinhança e poder construir o país que queremos.

"Nom se trata portanto de somar só partidos políticos, mas de incorporar às dinámicas de AGE e de ANOVA a inteligência e o esforço da nossa sociedade civil"

Considero que nom podemos dissociar a noçom de Frente Ampla e a implosom de AGE. Com independência da convivência de dous projetos estratégicos diferentes, e sem obviarmos a necessidade de fortalecer ANOVA como novo referente do soberanismo e do independentismo na Galiza, a implosom de AGE deveu-se fundamentalmente a saber entender a necessidade de somar forças diante das políticas neoliberais do Partido Popular. Cumpre lembrarmos que o convite nom foi mandado em exclusiva a Esquerda Unida, mas também a outras forças políticas do campo nacionalista. Talvez umha maior amplitude desta unidade de açom teria desalojado de Sam Caetano  Núñez Feijóo, mas em qualquer caso a ampliaçom da Frente Ampla tem que se dar desde o espaço já conquistado, desde o processo de acumulaçom de forças existente hoje em AGE. 

Um outro elemento fundamental é racharmos os muros entre a esquerda política e a esquerda social. Nesse sentido as forças políticas que integram neste momento AGE, e muito especialmente ANOVA, devem entender a necessidade de incorporar as reivindicaçons dos movimentos sociais, entendendo a importáncia do seu trabalho em áreas tam importantes como a defesa da sanidade pública e dos serviços sociais ou a luita contra a usura do capital financeiro. Som precisas, para veicular este espaço em que convivem elementos dos movimentos e dos partidos, umhas novas práticas que permitam deixar os tiques da velha cultura política, sustituindo a concorrência pola cooperaçom. Nom se trata portanto de somar só partidos políticos, mas de incorporar às dinámicas de AGE e de ANOVA a inteligência e o esforço da nossa sociedade civil, nom apenas para datas rituais ou como mero fetiche, senom de umha forma real na tomada de decisons e mesmo nas alternativas de governo que podam aparecer no futuro. Nom chega com umha coligaçom, há que construir entre todas umha cultura de Frente Ampla como mecanismo essencial para desterrar as políticas da direita do nosso país. 

"ANOVA nom pode ser + Encontro Irmandiño, nem + FOGA, nem + FPG, nem muito menos + MpB". ​

É também fundamental a defesa da pluralidade, elemento fundamental do nacionalismo que combateu o franquismo, semente de boa parte dos direitos e liberdades que ainda hoje exercemos. ANOVA nasceu como umha constelaçom de interpretaçons diferentes, tanto pola defesa de interesses de classe discordantes como pola própria interpretaçom dos diferentes segmentos militantes, em chave de ópticas ideológicas diferentes, do que tem que ser este novo projeto em comum. Sob o meu ponto de vista, ANOVA nom pode ser + Encontro Irmandiño, nem + FOGA, nem + FPG, nem muito menos + MpB. Como organizaçom de filiaçom individual, nos seus poucos meses de vida há um número importante de pessoas que, sem pertencer a nengumha destas organizaçons, tiveram um peso importantíssimo, sobretodo a nível comarcal e local. Nesse sentido estamos diante de umha formulaçom diferente. A opçom de defender umha única militáncia para ANOVA pode tensionar elementos constituintes de primera ordem, que tenhem a ver com umha formulaçom aberta, que se reconhece na amplitude de pensamento da esquerda e que aposta, desde ópticas diferentes, pola construçom social e nacional da Galiza. A pluralidade como valor, o respeito polas diferentes leituras do novo projeto e a aceitaçom da crítica tanto a nível interno quanto externo –isto último recolhido nos próprios Estatutos – som elementos irrenunciáveis para a conformaçom de umha nova cultura política. 

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