Opinión

Vergonha

[Nemésio Barxa]

No passado Dia da Pátria senti vergonha, vergonha alheia, de um governo que se intitula progressista e incluso federalista, que com total indiferença e arbitrariedade, sem possibilidade de apelar a usos tradicionais, enviasse á sua patrulha aérea Aguila (vitima de reiterados acidentes) para “adornar” o ceio de uma Compostela que clamava em fervor patriótico, com a reprodução em fumo da bandeira espanhola. Nunca em tempos passados, com nenhum outro governo do Estado, nem com a presença dos Borbons, na oferenda ao Apostolo se viu esse despregue.

Já não é pouco escutar, em dia tão singular como o 25 de julho para a nação galega, que soe no Obradoiro o hino nacional espanhol, mas se aceita. O realmente novo é a intervenção da circense patrulha aérea desenhando no ar a bandeira e atroando tanto o inicio das manifestações na sua saída da Alameda como incluso uns escassos minutos do discurso da porta-voz do BNG na Quintana. Podemos dizer que a atitudes necias atenção indiferente, mas o que não podemos ignorar é o que pode existir trás uma provocação gratuita e desnecessária ao povo galego no seu dia grande.

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