Opinión

Propaganda de guerra

Que tenhem em comum os conflitos bélicos na Palestina, Afeganistám, Iraque, Libia, Síria, Iémen ou Ucránia? Que todos estám baseados numha cheia de mentiras e manipulaçons informativas.

Em 1990, o testemunho dumha criança kuwaiti contribuía para convencer a populaçom da necessidade de intervir militarmente no Iraque. Nayira afirmava que fora testemunha de como soldados iraquianos sacavam a crianças das incubadoras e as deixavam morrer. Posteriormente,  soubo-se que a nena era a filha do embaixador kuwaiti em Washington e as declaraçons evidentemente falsas.

Quem pode esquecer a foto do trio dos Açores e a infame mentira das armas de destruçom maciça que serviu como desculpa para atacar em 2003 o Iraque e assassinar Saddan Hussein. A destruiçom da Líbia pola NATO em 2011 justificou-se com um masacre que nom foi tal em Benghazi. Que dizer da invasom do Afeganistám em 2001?

As bombas de fragmentaçom sauditas, de fabricaçom ianque, caem sobre o povo iemenita, que nom existe para a imprensa ao serviço do capital.

Ou no caso do genocídio palestiniano a maos do Estado nazi-sionista de Israel, onde se impom a narrativa do conflito do carrasco e as vítimas passam a ser perigosos terrorista.

Para nom falarmos das "notícias" sobre a China e a "ameaça" que supom o "regime de Xi Jimping" para Ocidente. Da erradicaçom da pobreza extrema ou outros logros do Partido Comunista da China nestes mais de cem anos de história, nem umha palavra.

E chegamos à Ucránia, onde a maioria das notícias sobre o conflito russo-ucraniano nom som tal, senom propaganda de guerra desde o primeiro dia. Os mesmos meios de comunicaçom que se esquecem do golpe de estado em Kiev, patrocinado polos EUA em 2014. Também nom importam as 14.000 pessoas assassinadas nos últimos oito anos no Donbáss, segundo Naçons Unidas. Nem as mentiras da NATO, nem as propostas de paz, nem os acordos de Minsk. Só sabemos que "Putin é um demente" e "a sua guerra" a culpável da nossa ruína enquanto a burguesia tira mais e mais lucro.  

A "operaçom especial" russa é inescusável, é um crime invadir um país soberano e dá igual que esta guerra nom começara há uns meses e sim há oito anos. Há que acreditar na palavra dos meios, mesmo quando som capazes de fazer passar os adeptos do nazi Stephan Bandera por exemplares defensores da liberdade. E todas as que saiamos do discurso oficial somos "putinistas" ao serviço do "imperialismo russo".

Hoje é mais preciso do que nunca que aqueles que devem clarificar declarem a sua independência e descodifiquem a propaganda e se desmarquem do discurso único. Essa independência informativa quanto ao conflito russo-ucraniano já valeu nom poucas críticas a este jornal e à sua diretora.

Hoje é mais preciso do que nunca um jornal como o Nós Diario e jornalistas livres como o Bruno Carvalho, que do Donbáss, e nom de um comodo hotel de Kiev, nos informou em primeira mao sobre o que estava a acontecer.

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