Opinión

Comunidades de montes, por alusões

Dias passados publicava vários artigos sobre Montes Vizinhais em diversos jornais galegos (La Voz, Novas do Eixo Atlântico, etc.) que intentava fossem divulgadores sobre a importância social, económica, histórica e cultural de este tipo de montes na nossa identidade nacional, com o galho da convocatória medio oculta (á que concorremos) que o governo galego havia feito recavando opiniões sobre o tema para uma eventual reforma da Lei e a apresentação de uma ILP, que eu mesmo assinei, para que se debata uma Lei de Montes vizinhais.

Relatava o surpreendente de que depois de dez anos de haver apresentado ao PP um grupo de cidadãos, liderado ou coordenado por Benito Fernández (engenheiro e daquela Diretor de Engasa) e eu mesmo, uma proposta articulada de Lei de Montes, que o governo da Xunta nem considerou, tal vez porque no texto se mantinham as características jurídicas de este tipo de montes, excluindo totalmente sua eventual privatização, volvessem agora sobre reformulações e privatizações.

Mencionava como o nosso projeto havia alcançado consenso tanto das organizações de montes como dos políticos (BNG e PSOE), só pendente da sua apresentação no Parlamento por parte do PP com o que se conseguiria sua imediata aprovação. Em artigo publicado neste jornal o passado dia 4, o amigo Xosé Alfredo Pereira, Presidente da ORGACCMM, sem nomear-nos mas claramente identificáveis, manifesta textualmente "lamentavelmente esta tática de 'todo para o monte vizinhal mas sem as comunidades de montes' não é só uma pratica da Concelheria de Medio Rural. De cando em vez surdem, mesmo de jeito ventureiro, plataformas de defensa dos montes que mesmo afirmam ter apresentado diante da Xunta de Galiza textos para uma lei de montes vizinhais consensuados. Consensuados com quem? Com as Comunidades de Montes não, já que estas nunca foram chamadas".

Benito Fernández a mais eu sentimo-nos profundamente magoados com estas manifestações e no nome de ambos quero lembrar a Xosé Alfredo das reuniões de trabalho que tivemos pessoalmente nos os dous com ele e outros companheiros, p. ex. no Pazo da Congressos de Pontevedra quase uma tarde inteira e incluso o correo electrónico que o 24.12.2011 enviou Xosé Carlos Morgade Martínez a Xosé Alfredo, a Benito Fernández e a Nemésio Barxa e que dizia: "O correio remitido por Benito foi revisado de principio a fim para resolver possíveis contradições ou erros de redação. Assim se fizerem algumas correições, das cales as mais importantes vão no anexo 'correções realizadas'. Destas correições a mais importante é a incluída no artigo 7.2 pois a Xunta Diretiva da ORGACCMM pareceu-lhe importante que este informe tenha carater vinculante".

Faie memoria, Alfredo. Benito e mais eu coincidimos contigo em que as comunidades de montes devem ser interlocutor imprescindível em qualquer tema sobre montes vizinhais. Mas nos não falamos co monte, nos falamos e consensuamos com o presidente e membros da diretiva da Organização de Montes Comunais em Mão Comum.

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