A adesão de Portugal à UE e ao euro foi "um erro profundo", defende o secretário-geral do PCP

Concluiu este domingo 27 de Outubro o Congresso "Álvaro Cunhal-o projecto comunista, Portugal e o mundo de hoje", que decorreu estes dias em Lisboa, na faculdade de Letras. Num encontro coa imprensa, o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, disse que Cunhal previu os efeitos negativos que para Portugal resultaram do ingreso na UE.

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photo_camera Sousa, no Congresso sobre Álvaro Cunhal

Segundo informa a agência Lusa, o secretario geral do PCP disse este 27 de Outubro que a adesão à União Europeia "foi um erro profundo" que levou à atual situação do país e sublinhou que o antigo líder comunista Álvaro Cunhal previu os efeitos dessa opção.

"As suas previsões demonstram, tendo em conta a realidade do nosso país hoje, o erro profundo que foi a adesão à União Europeia e ao euro, com a destruição do nosso aparelho produtivo, com perda de parcelas da soberania nacional", afirmou Sousa.

O atual secretário-geral do PCP reivindicou a "profundidade e a atualidade" do pensamento do líder histórico comunista, que morreu em 2005.

Jerónimo de Sousa disse que o Congresso "não procurou qualquer endeusamento" da figura de Álvaro Cunhal, mas apenas "recolher ensinamentos e projeções para o futuro".

"Hoje, com o Orçamento do Estado em cima da mesa, devemos dizer que Cunhal tinha razão e continua a ter uma grande atualidade na necessidade de uma política alternativa", acrescentou.

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