Haddad não consegue criar uma frente anti-Bolsonaro
Apenas uma milagre política muito improvável poderia barrar o ascenso dum político homófobo, misógino, racista e ultra-direitista à presidência do gigante da lusofonia. Após o seu esmagador triunfo no primeiro turno, Jair Bolsonaro defronta a segunda volta com todas as hipóteses de vitória face o cartaz do PT, Fernando Haddad. Eis un extracto da peza publicada no número 318 de Sermos Galiza.
Mais se esse 4,76 por cento do voto acabase respaldando a candidatura de Haddad no segundo turno, a se realizar o domingo 28 de outubro, poderia vir a incrementar sensivelmente as opções do candidato do Partido dos Trabalhadores de derrotar contra o prognóstico o novo emblema da reação mundial, o ex capitão do exército brasileiro e apologista da ditadura militar Jair Bolsonaro.
Esse 4,76 por cento decide, pode decidir, as eleições no quinto país mais povoado do planeta.
Porém, essa cimeira do PSDB trouxe más notícias para o Haddad. Os tucanos decretavam uma pretensa neutralidade no decisivo segundo turno. Seus votos como partido nem iriam para o democrata Haddad nem para o filo-fascista Bolsonaro. Na realidade, a maior parte dos quadros do partido trabalharão para uma vitória do candidato ultra. E não quadros quaisquer, até também um dos seus dirigentes mais proeminentes, o alcalde de São Paulo ,João Doria. Quanto à vaca sagrada da formação, o conhecido como FHC, as notícias foram algo melhores para o PT. Cardoso disse que não apoiaria Bolsonaro, mas isso não o levou automaticamente a aderir a candidatura de Haddad: “Quero ouvir primeiro. Não sei o que vão fazer com o Brasil. O Bolsonaro pelas razões política está excluído. O outro eu quero ver o que ele vai dizer”.
[Podes ler a peza íntegra no número 318 de Sermos Galiza, á venda na loxa e nos quiosques]