Opinión

Os colonizadores

Sempre me perguntei que mal pode fazer a existência de várias línguas ou idiomas, a não ser a influência da tradição bíblicojudaica de Babel. As línguas facilitam a relação e entendimento entre os homes e criam laços de identidade e de pertença a uma determinada comunidade que a través dos séculos as foi elaborando. Realmente a língua é o símbolo de identidade de um povo, tribo, comunidade. Só o colonizador, ou seu mandarim, ataca uma língua porque disse modo ataca igualmente a identidade do povo colonizado; só o investigador, o linguista ou o que se sente solidário com o povo estuda e assimila o seu idioma. O galego, desde o S. XIV véu sofrendo um importante deterioro; ainda sendo o idioma mais utilizado, com a decadência política desde Afonso O Sábio foi tomando mais importância o castelhano, pois se bem O Sabio escreveu as Cantigas de Santa Maria em galego, o motivo era o prestigio que este idioma tinha na lírica, pois ele não o empregava. Com os Reis chamados Católicos deixou de ser idioma de respeito e da Administração. E depois viram os anos mais escuros quando as elites sociais não só renunciarem ao idioma senão que incluso faceiam burla dos que o empregavam, do que temos boa mostra nas obras de Condessa de Pardo Bazán; logo o franquismo com sua proibição de uso e agora a perseguição por parte de Nuñez Feijóo nos seus longos 13 anos de presidência, a perda alarmante de falantes de galego e sua pratica exclusão no ensino, o peche de um de cada dez colégios públicos, incluso o abandono dos falantes de galego na Galiza estremeira (Asturias, Leon e incluso Estremadura). De pouco tem valido as chamadas de atenção do Conselho de Europa sobre a situação do galego na Educação, considerando num informe que o marco legal atual, com o Decreto de plurilinguismo da Xunta, é contrário aos compromissos que assumiu Espanha ao assinar a Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias.

Feijóo á sua chegada á Xunta anunciou a liberdade de uso das línguas cooficiais, mas aginha demostrou sua verdadeira faciana numa agressividade contra o uso do galego como evidenciam todas as medidas acordadas, e que colisiona com a atitude de aquelas outras comunidades históricas que ficam governadas (ou em alianças) por partidos sem dependência centralista, como Catalunya e o PaIs Vasco. Fronte á perda de falantes de galego o modelo basco nos mostra como em 30 anos triplicou-se o número de bascoparlantes entre a gente jovem e como um 82 % de famílias opta polo euskera como idioma veicular. Na Catalunya considera-se a blindagem do catalão como uma questão de país, como mostrou estes dias tanto na oposição do Governo a acatar a ordem do TSJC que obriga a impartir o 25% de classes em castelhano em todas as escolas de Catalunya como, uma vez que o Tribunal rejeitou os recursos, aprovando no Parlament uma lei de uso das línguas na escola, com o voto afirmativo de todo o espectro parlamentário, exceto Vox, PP e Cs.

O mundo parece que corre de jeito diferente a como o faie o Governo galego amparado no partido maioritário, de submissão ao centralismo. Utiliza o idioma para confrontação, quando o conflito é provocado, tanto pola perseguição do emprego do galego como polas mentiras alarmantes sobre a opressão do galego sobre o castelhano, mantra que o Sr. Feijóo, desde suas novas responsabilidades com Espanha, já trasladou a Barcelona, sendo invitado pola alcaidessa para que comprovasse a saúde do castelhano em Catalunya; eu podo convida-lo a vir a Vigo, nas Praças da Princesa, Constituição e Porta do Sol (onde fica situado meu escritório profissional), com centos de pessoas nos comércios e terrazas, penso que os únicos que empregamos o galego a cotio somos minha colega Elsa Quintas e mais eu. E digo que corre de jeito distinto porque incluso na França, que tradicionalmente ignorava as línguas históricas, blindou a imersão linguística nas escolas da Catalunha Norte buscando um encaixe constitucional para proteger o ensino do catalão, como também nos seus territórios do occitá o euskera, o Breton e o alsaciano, sem quotas nem mínimo de horas semanais, que decidirá cada escola.

Comentarios