Madrid

Pois depois de semanas bombardeando-nos com as eleiçons da capital do pequeno-império, hoje as galegas nom pudemos exercer o nosso direto a voto. Semelha mentira. Centenas de minutos em informativos, tertúlias, notícias nos jornais… e afinal semelha que só podem decidir as e os madrilenhos o que se passa em Madrid. Que falta de democracia! Bom... também som eles os que decidem no resto do Reino Bourbónico, que se ainda nom o tínhamos claro: Madrid é Espanha e Espanha é Madrid.

E assim estám as cousas com umha campanha esperpêntica com a dicotomia "Comunismo o libertad" em que Ayuso pujo o foco. Bocata de Calamares ou racionamento, gulag ou esplanadas cheias de franceses. Com Vox botado ao monte e o reformismo podemida perdido e chegando-lhes a dignidade de nom debater com o fascismo no tempo de desconto. 

A cousa nom pinta bem. E por muito que queiramos emular Errejón e dizer "Madrid que nos colhe longe", nom é assim. Quando este artigo sair publicado já haverá ganhador ou ganhadora e o pior dos cenários seria um governo bipartido de Ayuso e Monasterio. Um experimento do que pode, com certeza, ser o próximo governo espanhol. E tendo em conta a cilada que nos prepara o governo mais progressista da história às classes populares com as reformas para justificar as ajudas europeias, o panorama está fodido.

As naçons sem Estado devemos continuar o nosso roteiro, mas devemos estar prepadas para o que se poda passar. Temos umha responsabilidade com o futuro das nossas e os nossos.