Opinión

Já chega o Apalpador

Hoje à noite, em muitas casas deste país, chegará o Apalpador. O gigante carvoeiro leva doze anos, desde que em 2008 a Comissom de História da Gentalha do Pichel recuperou esta figura, ganhando espaço no Natal Galego.

Um trabalho que cumpre sempre lembrar de onde saiu, porque às vezes o esquecemos. Talvez porque nom saiu de nengum dos vultos assalariados do academicismo oficial e sim da base, do trabalho de ativistas dum modesto Centro Social.

Doze anos já desde que, seguindo os passos marcados por José André Lopes González, as militantes do Pichel marcárom um roteiro. Primeiro recolhendo testemunhos, segundo pondo imagem à figura, contando para isso com a inestimável colaboraçom de Leandro Lamas, terceiro dando-lhe forma, com rigor mas moldando-o ao que se precisava e, por último, entregando o produto ao povo, para que a partir dos movimentos sociais, trabalhássemos para o socializar. Mais dumha década depois, podemos afirmar que o carvoeiro está presente nos centros de ensino e também numha ampla oferta lúdica e cultural ao longo da Galiza, mesmo neste ano difícil para o trabalho do associativismo de base, lugar onde o Apalpador renasceu.

Esta rápida socializaçom confirma o potencial, muitas vezes sem ser conscientes, que tenhem os projetos saídos do tecido associativo e do movimiento popular, somando-se este sucesso a outros como as Escolas de Ensino Galego Semente ou os Centros Sociais. Sigamos nesse caminho.

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