Opinión

Desafio à conselheira Quintana

Venho de escutar à conselheira de Meio Rural, Rosa Quintana, desafiando os que nos mobilizamos na defesa do sector lácteo galego

Venho de escutar à conselheira de Meio Rural, Rosa Quintana, desafiando aos que nos mobilizamos na defesa do sector lácteo galego a que mostremos os documentos que mostram a existência dum acordo do governo francês fixando um preço mínimo para o leite.

Cartas marcadas as da conselheira, sabe perfeitamente quando lança esse repto que nom existem nengum acordo do governo francês fixando um preço mínimo. Nom é umha norma governamental mas um acordo do sector impulsado polo governo francês. Um governo que reuniu ao conjunto de agentes da cadeia láctea, desde a produçom até a distribuiçom, para conseguir que tras varias horas de reuniom saissem com um acordo sobre o preço. Que impide ao governo do Estado atuar assim? Ou bem nom lhe importa o sector lácteo galego ou bem nom tem ascendência sobre a indústria e a distribuiçom, ou bem ambas cousas. Onde o governo francês consegue a anuência da indústria e da distribuiçom para subir o preço que cobram as gadeiras e os gadeiros, o governo de Rajoy -com o aplauso de Feijoo- reune aos agentes da cadeia para tirar-se fotos e fazer vagas declaraçons.

O problema para que no Estado Espanhol nom exista um acordo similar ao francês nom é legal, é um problema político: os produtores de leite galego nom importam em Madrid

O acordo francês de 34 céntimos/litro nom é a soluçom para todos os males, entre outras cousas porque nom se refere ao conjunto do leite produzido nesse Estado, deixa fora por exemplo ao leite que se destina à elaboraçom de produtos para a exportaçom, no caso francês umha parte muito importante. Sem embargo no Estado Espanhol a imensa maioria do leite produzido se destina ao consumo interno e para produtos que entram dentro do acordo francês.

O problema para que no Estado Espanhol nom exista um acordo similar ao francês nom é legal, é um problema político: os produtores de leite galego nom importam em Madrid. Repto à conselheira Quintana a que nos demostre o contrário, que fale com Feijoo, Tejerina e Rajoy, que entre todas sentem à indústria e à distribuiçom e alcancem um compromisso de suba do preço cobrado polas gadeiras e os gadeiros. Nom é necessário que apareça no BOE o preço mínimo, só que indústria e distribuiçom o aceitem.

Na vez dum acordo sobre os preços o Ministério anúncia-nos agora a concessom dumha ajuda, a falta de conhecer os pormenores da mesma bem-vinda seja. Mais umha mostra de que as mobilizaçons si servem, mais ainda quando vai haver eleiçons em poucos meses. Agora bem, a ajuda pode paliar a situaçom económica dalgumhas exploraçons no curto prazo, sem embargo os problemas reaparecerám mais cedo que tarde se nom se resolvem os problemas de fundo.

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