Parcialidade

[Nemésio Barxa] 

Nestes dias os médios de comunicação mais conservadores andam a voltas, uma vez mais, com Cuba e a manifestação de protesta convocada contra o regime e governo cubanos. Manifestações populares existem em todas partes, podem ser tão violentas como as do metal em Cadiz nestes últimos dias, ou mais moderadas como as de Viveiro, ou persistentes como a que rodeou o Congresso, dissolvida com sanha policial, ou incluso o SOS comercio de estes dias passados em Ourense. Manifesta-se o povo para protestar ou para obter modificações; esto não é criticável, e teremos que alabar a liberdade que tem o povo para manifestar-se. Se em a Habana davam-se gritos de “liberdade”, não temos tão longe quando em Madrid, no bairro de Salamanca, os acaudalados vizinhos saiam á rua berrando igualmente “liberdade”; os medios ensalzam a postura do opositor Yunior Garcia, ideólogo da manifestação, quem ao sentir-se rejeitado por uma parte da sociedade cubana pode usar sua liberdade na ilha para deslocar-se a Espanha e sem embargo mantenhem silencio sobre a opositora saaraui Sultana Jaya que vive em arresto domiciliário com sua irmã e a mai, agredidas e violadas em varias ocasiões por agentes marroquinos em diversos atropelos domiciliários, sem possibilidade de fugir a outro país.