Esta fim de semana em Compostela

Mulheres lusófonas conversam na Galiza

A diretora geral da CPLP vai participar este sábado no acto de abertura

Esta fim de semana, feministas do espaço lusófono vão ter uma reunião na Galiza para pôr em comum as suas experiências como ativistas.

A Academia Galega da Língua Portuguesa, a Associação Pró-AGLP e a União de Mulheres Alternativa e Resposta organizam o II Encontro de Mulheres na Lusofonia: Mulheres, Territórios e Memórias. Começará esta sexta-feira 6 de Abril e decorrerá durante toda a fim de semana em Santiago de Compostela. O evento visa criar uma rede plural feminista de mulheres da lusofonia, a potenciar o diálogo e partilha de experiências e conhecimento.

 

Às 19:30 horas desta sexta-feira, a Livraria Lila de Lilith acolherá a projeção do documentário “Era uma vez um arrasão”, que marcará o pontapé de saída ao programa do Encontro. A antropóloga e professora Luzia Oca moderará a tertúlia posterior com a realizadora, Diana Andringa. 

 

Uma reflexão sobre o ativismo feminista na lusofonia

 

O prato forte das jornadas chegará o sábado 7, quando irão ter lugar três painéis na Casa da Língua Comum (rua de Emílio e de Manuel, 3). Com motivo do evento, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa enviará por primeira vez um alto cargo a território galego. Trata-se da sua diretora geral, Georgina Benrós de Mello, que participará na mesa de abertura, às 9:30 horas, junto com o representante do Governo galego, Xosé Lago –Subdiretor de Relações Exteriores e com a União Europeia–, Joana Sales –presidente da UMAR–, e a professora Maria Dovigo pela Academia Galega da Língua Portuguesa. 

 

O primeiro painel tratará as “Diásporas lusófonas na Galiza”. Programado para as 10:00 horas, será moderado por Maria José Castelo e contará com a participação de Jéssica Azevedo, com o seu relatório “Vírgulas que unem. Resistência e integração social”, e de Sónia Mendes da Silva, com “Mobilidades sociais em sociedades desiguais”. Já no horário de tarde, às 15:00 horas, Paloma Fernández de Córdoba coordenará o segundo painel do dia: “Memorias: entre o ativismo e a pesquisa. Mulheres e resistência”. Intervirão Diana Andringa com “Elas nunca fizeram nada de extraordinário..." e Teresa Sales com o seu “Projeto Memória e Feminismos. Múltiplas discriminações”. Por último, o terceiro painel abordará o ativismo em prisões políticas e democracia. Maria Dovigo moderará o encontro, no que falarão Mariola Mourelo –”Ativismo feminista e espaços da memória”– e Luis Farinha –“Da Prisão do Aljube ao Museu do Aljube: memória, resistência e liberdade”–.

 

Para fechar o dia, a livraria Lila de Lilith oferecerá um recital poético às 20:00 horas com Iolanda Aldrei, Concha Rousia, Cruz Martínez, Rosanegra, Maria José Castelo, Maria Dovigo e Teresa Moure.

 

O domingo 8 o encontro vai-se fechar com outros dois paneis. Desta volta, o cenário será a Casa das Mulheres Xohana Torres (rua de Bernardo Barreiro de Vázquez Varela), que abrirá às 10:00 horas para apresentar uma palestra sobre feminismos em Compostela moderada por Concha Rousia. Estarão Marta Lois –responsável da campanha ‘Compostela em negro’–, Paula Rios –da Plataforma Feminista Galega– e Concha de la Fuente –da Marcha Mundial das Mulheres–. Por último, Joana Sales e Isabel Rei guiarão o derradeiro relatório sobre feminismos no espaço lusófono com a implicação de Isabel Harriet Gavião –de Onjango feminista, por videoconferência desde Angola–, Nzira de Deus –diretora executiva do Fórum Mulher, também por videoconferência, desde Moçambique– e núcleos regionais da UMAR. A mesa de encerramento e conclusões, programadas para as 13 horas do domingo, vai estar a cargo de Sales e Maria Dovigo. 

 

Além das entidades já mencionadas, colaboram com este II Encontro de Mulheres na Lusofonia o Concelho de Santiago, o Museu do Aljube, Resistência e Liberdade de Lisboa e o Projeto Cárcere da Corunha.