Investigação incide na baixa probabilidade de raio ter começado incêndio de Pedrógão Grande

Coche estrada de Pedrógão a Mosteiro. Incendio Portugal. Xuño de 2017. E. Dobaño.

Entregue um novo relatório ao Governo português sobre as causas que podem estar associadas ao incêndio.

Num novo relatório entregue ao Governo, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera  (IPMA) afirma que “existe uma probabilidade baixa (mas não nula) da ocorrência de uma descarga nuvem-solo na proximidade do local de deflagração do incêndio”. 

 

A trovoada seca chegou a ser apontada como possível responsável do incêndio em Pedrógão Grande, mas o IPMA vem agora afastar a teoria. Não caíram raios no local e à hora em que começou o fogo, vem dizer no relatorio o Instituto, cujo presidente, Jorge Miranda, respondeu em carta, ao Governo, que o relatorio tem procurado “ser tão completo quanto possível".

 

O presidente da Liga de Bombeiros, Jaime Marta Soares, diz que havia duas teses principais para o início do fogo de Pedrógão Grande, que vitimou 64 pessoas, as causas naturais provocadas por um raio de trovoada e a mão criminosa. As causas naturais, segundo Soares, e depois do relatório do IPMA, parecem estar afastadas. Já a mão-criminosa como hipotética origem do sinistro, que o próprio Marta Soareas avançara, mantém-se na sua óptica válida, mas carece ainda de confirmação. A nova tese, a terceira, e que o presidente da Liga de Bombeiros quer que se investigue, aponta para uma anomalia técnica gerada pelos postos de média e alta tensão.